Via Varejo surpreende e ações sobem. Porém cautela é necessária

Via Varejo deve ampliar ofertas de serviços
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Via Varejo surpreende e ações sobem. Porém cautela é necessária. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da Via (VIIA3), ficou 13% acima do esperado pelos analistas da casa. A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) apresentou uma melhora de 1,4 ponto na base anual, indo para 9,1%, beneficiada com maior controle de despesas de vendas, gerais e administrativas. Já a margem Ebitda ajustada foi de 10,2%.

Em comunicado ao mercado, a empresa destacou que a recuperação das lojas físicas se intensificou em março, e manteve a tendência de abril, indicando notícias positivas para o 2T22.

Desta forma, para alcançar a margem Ebitda acima do esperado, o BBI destaca que a Via (assim como outras do segmento) reduziu as despesas operacionais (menor número de lojas) e aumentou as taxas de participação do marketplace. “Dessa forma, achamos que a principal questão que se coloca é até que ponto a Via será capaz de reacelerar o crescimento no final do ano, ou em 2023, mantendo os níveis atuais de rentabilidade do Ebitda”, avaliam os analistas do BBI.

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Embora os resultados sejam vistos como mistos pelos analistas, eles os veem como marginalmente positivos para a ação, dada o valuation combinado com rentabilidade robusta e sinais iniciais de melhora no capital de giro.

Entretanto, os analistas explicam não haver interesse dos investidores nas condições atuais do mercado para comprar ações de crescimento, de comércio eletrônico, principalmente quando o crescimento é baixo e as taxas de juros são altas, mesmo que as avaliações pareçam deprimidas”, avaliam. Assim, seguem com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 5,00, ainda um potencial significativo de alta de 86% em relação ao fechamento da véspera.

Em contrapartida, o Morgan Stanley, por sua vez, segue com recomendação underweight (exposição abaixo da média, ou equivalente à venda), “aguardando um cenário de receita mais favorável, juntamente com uma melhoria adicional da margem líquida”. O preço-alvo é de R$ 4, 48,7% acima do fechamento da véspera.

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E assim para o banco, apesar dos números positivos de despesas gerais e administrativas, os analistas veem um cenário difícil persistindo para as categorias principais da Via, especialmente para a vertical de eletrônicos.

Contudo, o Credit Suisse explica que “apesar de mostrar os primeiros sinais de inflexão em termos de crescimento, os resultados não alteram significativamente nossa visão. Investidores continuam céticos em relação às empresas de consumo, diante das incertezas no caminho quando se trata de taxas de juros não só no Brasil, mas também nos EUA, que afetam os mercados de ações em todo o mundo”, avalia o banco suíço, que também tem recomendação neutra para o papel.

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E ainda, o Goldman Sachs manteve recomendação de venda para Via, pois vê um cenário macro desafiador contínuo, bem como um ambiente operacional competitivo para a empresa. “Enquanto reconhecemos o progresso feito na gestão com as despesas, acreditamos que escalar os negócios online, e o GVM do 3P em particular, exigiriam um retorno de um ciclo de investimento mais profundo”, destacam os analistas. O preço-alvo é de R$ 3,70 (upside de 38%).

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