Fatos relevantes do mercado financeiro para a semana. A semana que fecha agosto e inicia setembro vem recheada de dados importantes. Os números da economia brasileira e internacional se confundem com uma bateria de pesquisas eleitorais, faltando pouco mais de um mês para as eleições presidenciais. No Brasil, destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre. Nos Estados Unidos, para os dados do mercado de trabalho.
Sendo que, o monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas, aponta para uma expansão trimestral de 1,1% do PIB brasileiro entre abril e junho deste ano. Já o consenso Refinitiv prevê um crescimento pouco mais moderado, de 0,9%.
Conforme avaliação dos analistas do Bradesco, “o PIB deve registrar um crescimento robusto, próximo do verificado nos primeiros três meses do ano. O resultado deve ser puxado pelo setor de serviços, do lado da oferta, e pelo consumo das famílias, na ótica da demanda”.
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Contudo, o Itaú projeta crescimento de 1,1%, com os três principais segmentos – agricultura, serviços e indústria – crescendo na margem.
Após a divulgação do PIB, sexta-feira (2), sai a produção industrial do mês de julho. O consenso Refinitiv aponta para uma variação mensal positiva de 0,5% e uma queda de 0,3% na comparação anual. Através de relatório o Itaú afirma, “prevemos alta de 1%, com números positivos tanto do segmento de manufaturas quanto do extrativista”.
E por fim, o indicador de números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que deveria ter saído na semana passada, foram adiados para esta segunda-feira (29). O Itaú continua projetando uma estabilidade no nível de emprego. A pesquisa PNAD contínua, por sua vez, será divulgada na quarta-feira (31). O UBS BB prevê que a taxa de desemprego de julho recue 30 pontos-base em relação a junho, para 8,8%.
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Contudo, no setor corporativo na quarta-feira (1), ocorre a precificação da oferta subsequente do IRB (IRBR3). A oferta consistirá na distribuição pública primária de, inicialmente, 597.014.925 novas ações, com esforços restritos de colocação, a ser realizada no Brasil, com esforços de colocação no exterior. A operação será limitada a R$ 1,2 bilhão.
Nesta segunda-feira, os BDRs da Inter & Co, dona do Banco Inter, passarão para o nível 2 da B3 e mudarão de ticker: de INBR31 para INBR32. As empresas que negociam BDRs nível 2 precisam ser registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com esse upgrade, além da bolsa, os papéis podem ser negociados em mais locais, como mercados de balcão organizados.
Quando o assunto é o cenário internacional, o mercado continua tentando prever os próximos passos do Banco Central dos Estados Unidos. Na última sexta-feira, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deu seu discurso no simpósio de Jackson Hole e o humor do mercado azedou. O chairman reafirmou o compromisso da autoridade monetária em relação ao controle da inflação e afastou o tom dovish que havia adotado na última reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês).
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Para os analistas, as chances de uma nova alta de 75 pontos-base nos juros americanos cresceram. Nesta segunda-feira, os agentes devem acompanhar o discurso da vice-presidente do Federal Reserve, Lael Brainard, a procura de novos indícios sobre a atuação do Fed.
Contudo, a agenda de indicadores destaca para os números do mercado de trabalho americano. A maratona começa na terça-feira (30), com o relatório JOLTS, de oferta de empregos. Na quarta, retorna a pesquisa ADP, sobre criação de vagas no setor privado. O consenso Refinitiv aponta para a abertura de 200 mil posições em junho.
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Conforme relatório o Bradesco afirmou que, “o mercado estará de olho no ritmo da desaceleração da criação de novos postos de trabalho e no desempenho dos salários”. Sendo que o Departamento de Trabalho dos Estados Unidos divulgará, na sexta-feira (2), o payroll. A média das projeções do mercado aponta para a criação de 285 mil vagas de emprego em agosto, quase metade do registrado um mês antes. A taxa de desemprego deve permanecer em 3,5%. Já a média de salários deve aumentar em 0,4% na comparação com o mês anterior.