J&F avalia compra da Braskem e ações sobem. Os executivos da controladora dos irmãos Batista se encontraram nesta semana com credores da Novonor, antiga Odebrecht, que possuem ações da Braskem como garantia de empréstimos antigos feitos à construtora. O BTG (BPAC11), a gestora americana Apollo e o grupo Ultra (UGPA3) também estariam interessados na aquisição.
Desta forma, a J&F e o BTG se mostraram propensos em adquirir a dívida da petroquímica, que soma R$ 15 bilhões, dos bancos credores, mas com fortes descontos. O grupo de instituições financeiras, que conta com Banco do Brasil (BBAS3), Itaú (ITUB4), Santander (SANB11) e BNDES, no entanto, não considera diminuir o preço da dívida e também não teria pressa para fechar negócio.
A Apollo teria oferecido uma oferta de R$ 45 por ação, disposta a comprar 100% da companhia, mas quer que a Petrobras (PETR3;PETR4) também venda sua parte para fechar o negócio, o que dificulta a movimentação – a estatal possui hoje 36,1% da Braskem.
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Diante destes rumores, as ações preferenciais série A da Braskem (BRKM5), avançam 6,31% no início do pregão desta sexta-feira (2), após notícia do Valor Econômico afirmar que a J&F, holding dona da JBS (JBSS3]), analisa comprar 100% da petroquímica.
Contudo, o BTG, pediu desconto considerado pesado no preço da dívida e deseja parcelar o pagamento nos próximos sete anos. No caso da Unipar e do Grupo Ultra, a venda fatiada desperta menor interesse aos acionistas da Braskem.
O grupo de bancos pediu para que os interessados tragam novas propostas.
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Sendo que, o Grupo Ultra, que tem parceria com a Unipar e com a gestora Lumina, fez uma proposta diferente. O primeiro investiria R$ 1,3 bilhão na Braskem, entrando no bloco de controle junto com a Novonor e a Petrobras, e o segundo chegou a oferecer R$ 10 bilhões pelos ativos da petroquímica em São Paulo.
No entanto, o Itaú se mostrou interessado na oferta, mas outros credores apontam que a demanda pode arrastar a negociação.
Já o Bradesco BBI, em relatório, afirmou ser difícil qualquer transação ainda neste ano, por conta das eleições e o risco de mudança de governo.
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“Para a saída da Petrobras, acreditamos que a avaliação precisaria ser bem superior a R$ 45 por ação, já que a empresa não concordou em vender sua participação preferencial ao mercado por R$ 42 no início do ano”, destacaram Vicente Falanga e Gustavo Sadka, analistas do banco.
Por fim, a J&F, ainda segundo o Valor, está revendo sua proposta e deve apresentar uma mais agressiva. Banco do Brasil e BNDES, no entanto, tem ressalvas em negociar com a holding, por conta dos escândalos do Joesley Day.
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