Suzano reduz preço de celulose para China ações caem. A Suzano (SUZB3) anunciou nesta terça-feira (13) uma redução de preço de US$ 40 a tonelada para sua celulose de fibra curta na China, levando os preços para US$ 820 a tonelada (t).
A informação é do serviço de informações especializado no setor Risi e destacada por bancos que acompanham o papel; a Risi também destaca que os fabricantes de papel chineses vêm pressionando por descontos no preço da celulose desde novembro em meio à demanda mais fraca, margens pressionadas e novas operações. Além disso, os níveis de valores de importação tiveram uma diferença significativa em relação aos preços de revenda no mercado chinês, que atualmente estão em 6.636 renminbis a tonelada, o equivalente a US$ 822/t.
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Com a notícia, os ativos SUZB3 eram destaque de baixa do Ibovespa, com queda de 3,30%, a R$ 53,08, uma hora após abertura do pregão, nesta terça, com o papel também impacto com a queda do dólar de cerca de 1% na sessão, o que afeta empresas exportadoras.
O Bradesco BBI destaca que, após vários meses de preços de importação estáveis em altos níveis na China, os produtores começaram a ceder à pressão dos fabricantes de papel chineses para oferecer descontos. Para os analistas, parece que a pressão pelo lado da oferta da equação está diminuindo na China, com relatos de grandes volumes sendo redirecionados de outros mercados (Américas, Europa) para a China, enquanto a demanda doméstica de papel continua sem força.
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“Como resultado, o poder de barganha dos fabricantes de papel está aumentando. A combinação de aumento da oferta de celulose nos próximos meses, demanda ainda fraca e preços de revenda mais baixos levaram à primeira rodada de descontos no mercado chinês”, apontam os analistas.
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O BBI mantém visão cautelosa sobre a dinâmica do mercado de celulose para 2023 e 2024, uma vez que vê o crescimento mais fraco da demanda de celulose ex-China, enquanto adições relevantes de capacidade e normalização dos gargalos logísticos devem pressionar os preços da celulose nos próximos 12 a 18 meses. Os analistas possuem recomendação underperform (desempenho abaixo da média, equivalente à venda) para Suzano, enquanto Klabin (KLBN11) é neutra. O preço-alvo para SUZB3 é de R$ 56, ou um valor 2% maior frente o fechamento da véspera.
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O Morgan Stanley, também cauteloso, tem recomendação equalweight (exposição em linha com a média do mercado, equivalente à neutra), com preço-alvo de R$ 61, ou potencial de valorização de 11% em relação ao fechamento da véspera.
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Os analistas do banco já haviam destacado em análises anteriores que os preços na China atingiram um pico de US$ 865 a tonelada e começariam a cair em dezembro. “Os propulsores da correção esperada são o aumento da oferta e a demanda mais fraca em meio à desaceleração econômica global”, avalia o Morgan.
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