Inflação do Brasil é menor que dos EUA pela primeira vez na história. O feito histórico da economia brasileira começou em setembro deste ano. Em setembro, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 12 meses fechou em 7,17% no Brasil. Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) para o mesmo período ficou 8,2%.
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O IPCA é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),enquanto o CPI é um indicador da Secretaria de Estatísticas Trabalhistas (BIS, na sigla em inglês) do governo dos EUA.
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Naquele momento, a inflação ao consumidor norte-americano estava um ponto porcentual acima do indicador brasileiro. Dois grandes vilões pressionam os preços nos EUA: os custos da energia e dos alimentos. Respectivamente, eles fecharam em 19,8% e 11,2% em setembro.
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Apesar de expressiva, a elevação do preço da energia foi menor em comparação ao mês anterior nos EUA. Em agosto, de acordo com a BIS, o aumento de 12 meses para a energia chegou a 23,8%.
Ao mesmo tempo, no Brasil, houve deflação para energia e combustíveis. Conforme a pesquisa divulgada pelo IBGE, a variação desses preços ficou na média de -9,98%. O custo da eletricidade para as residências caiu ainda mais: -17,51%.
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Mesmo com a turbulência pela qual a economia do país vem passando após o resultado das eleições para presidente no Brasil, devido ao resultado favorável a Luís Inácio Lula da Silva, a inflação ainda se manteve abaixo da americana.
Em outubro os Estados Unidos apresentaram inflação de 7,7% e o Brasil 6,4% ainda apresentando deflação, na contramão do resto do mundo, e após a maior crise sanitária do mundo o Covid-19, além da guerra Rússia x Ucrânia.
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Continuando o feito histórico, a inflação americana em novembro ficou em 7,1%, enquanto a brasileira ficou em 5,9%, consolidando o Ministro da Economia, Paulo Guedes, como o percursor de um feito histórico e positivo na economia brasileira.
Um marco histórico para a economia brasileira
Hugo Garbe, economista-chefe da G11 Finance e professor do curso de Economia e Finanças da Universidade Mackenzie, explica que é a primeira vez que inflação do Brasil é menor que a dos EUA. “Isso jamais ocorreu na série histórica”, afirmou ele em entrevista a revista Oeste.
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“Essa inflação, naturalmente, é um reflexo do pós-pandemia, um desequilíbrio de oferta, essencialmente”, explicou. “Por outro lado, demonstra a ‘inexperiência’ dos economistas americanos a lidar com a inflação. Eles só começaram a implementar uma política monetária contracionista — aumento de juros — no primeiro trimestre de 2022, quando o aumento dos preços por lá já dava sinais de que viria forte. Aqui no Brasil, começamos a aumentar um ano antes, em meio uma série de críticas de parte do mercado. Hoje sentimos os efeitos benéficos do ‘remédio’ dado na hora certa.”
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