Ministra do Planejamento indica critico do Bolsa Família e apoiador do voto útil a Lula para secretaria

apoiador do voto útil à Lula para secretaria de Monitoramento
Sergio Firpo Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
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Ministra do Planejamento indica critico do Bolsa Família e apoiador do voto útil a Lula. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB) do governo Lula, anunciou, nesta quarta-feira (11), Sérgio Firpo para uma das secretarias.

Em sua fala, Tebet afirmou que as escolhas foram feitas com base em competência individual, trajetória profissional e equidade de gênero e disse que a prioridade da pasta será “gastar bem o pouco que se tem”, destacando, mais uma vez, que todos os brasileiros estarão “dentro do orçamento”.

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Uma das primeiras missões de Simone Tebet na pasta é a elaboração do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, que estabelece as prioridades de gastos nos próximos quatro anos. Segundo ela, existe a necessidade de implementar uma política de acompanhamento de gastos e de políticas públicas executadas pelos demais ministérios.

Sérgio Firpo será o novo secretário de Monitoramento e Avaliação para o Aperfeiçoamento de Políticas Públicas. Ele é economista e professor do Insper, mestre pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro.

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Sérgio Firpo, do Insper, trabalhou para a eleição de Lula ele foi um dos signatários do documento a favor do voto útil. Foi membro do grupo de economistas ligados a instituições de ensino como Fundação Getúlio Vargas (FGV), Insper, PUC-Rio e universidades dos Estados Unidos e do Reino Unido que defendeu, por meio de uma carta-manifesto, o voto útil em Lula no primeiro turno das eleições de 2022, para que a disputa se encerrasse no primeiro turno segundo eles com vitória do candidato do PT, sem a necessidade de disputar o segundo turno contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL). O fato é que faltou muito voto para que isto ocorresse.

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Mesmo no segundo turno, a diferença entre os candidato foi próxima a 0.5 pontos percentuais.

A favor do voto útil Firpo ficou contra Tebet que era candidata que também concorria com Lula. Caso a intenção de Tebet fosse de fato ganhar as eleições de 2022 de alguma forma ela agora não convidaria Firpo para sua equipe.

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Em um artigo feito a com a cooperação de outros economistas Firpo questiona a corrupção na Petrobras no período PT. Com texto entitulado: BALANÇO DA PETROBRAS: A CORRUPÇÃO TRAGOU “SÓ” R$ 6,2 BI? publicado em 28/04/2015 pelo Insper ele questiona se houve corrupção ou má administração na estatal.

O conteúdo afirma que para rouba apenas este valor “seria um cartel para lá de incompetente. Afinal, se a perda da empresa é igual à propina paga aos seus funcionários, então os cartelistas não ganharam muito. Arriscaram-se por nada”, afirmou no artigo.

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O fato é que de acordo com o Tribunal de Conta da União apenas de 2004 a 2012 nos governos PT os valores da corrupção na Petrobras são bem maiores que os dos tratados por Firpo, veja a seguir.

O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, sob a relatoria do ministro Benjamin Zymler, estudo econométrico no qual foram apurados os prejuízos causados por cartel que teria atuado em contratações da Petrobras entre 2004 e 2012. De acordo com o estudo, que excluiu os aditivos contratuais, o valor a mais em cada contratação, em virtude do conluio, era de 14,53%.

Ao todo, as 24 empresas que comprovadamente fizeram parte desse cartel causaram prejuízo à Petrobras de R$ 12,3 bilhões. Esse valor atualizado e com juros é hoje superior a R$ 18 bilhões há 10 anos atrás.

O trabalho do TCU também quantificou o dano causado individualmente por cada empresa cartelizada. Das 24 empresas, a que encabeça a lista gerou prejuízo de R$ 1,9 bilhão (valor atualizado e com juros). A segunda e a terceira empresas da lista causaram danos de R$ 1,6 bilhão cada uma, em valores atualizados e com juros.

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Firpo também foi contrário ao auxílio Brasil de R$ 600 oferecido por Bolsonaro, ele achava que o valor era muito. Em 30 de junho de 2022 em sua opinião na Folha de São Paulo Firpo afirmou: “Auxílio Brasil não é ágil o suficiente para mitigar perdas recorrentes de renda. Aumento do benefício para R$ 600 pode amplificar ineficiência da distribuição de recursos para transferência de renda”.

Agora como secretário de Tebet no governo Lula ele irá trabalhar com o valor de R$600 que também foi prometido por Lula, além de um adicional de R$ 150 para crianças até 6 anos. Não fez nenhuma critica sobre a questão.

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