Patrocinado

Prejuízo da Via é superior a R$ 160 milhões. A Via (VIIA3), dona das marcas Casas Bahia e Ponto, registrou um prejuízo líquido de R$ 163 milhões no quarto trimestre de 2022, número menor do que a projeção do consenso Refinitiv, que esperava um prejuízo de R$ 212,5 milhões. No mesmo período do ano anterior (4T21), a companhia teve um lucro de R$ 29 milhões.

LEIA: Petroleiras e parlamentares vão a justiça para acabar com o imposto sobre exportação

Quanto à receita líquida, a varejista registrou um faturamento de R$ 8,84 bilhões, ante R$ 8,5 bilhões do consenso. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 542 milhões, quando a media projetada pelo mercado era de R$ 593 milhões.

Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. 

O prejuízo da Via se deu, apesar do lucro operacional, se deu, principalmente, por um maior gasto financeiro. A companhia teve um déficit financeiro de R$ 641 milhões, com destaque para maiores gastos com dívidas, em meio a uma maior taxa de juros.

VEJA: Gripe aviária na Argentina provoca abate de 200 mil galinhas

No lado operacional, a Via destaca que sua receita bruta subiu 9% na base anual, para R$ 10,4 bilhões.

“O desempenho do volume total de vendas (GMV, na sigla em inglês) bruto de lojas físicas (R$ 6,8 bilhões e crescimento de 16,0%) e da receita bruta de lojas físicas (R$ 6,5 bi e crescimento de 18,2%) reflete a melhoria no fluxo das lojas (apesar de ainda abaixo da do período pré-pandemia), mas sobretudo uma maior conversão”, comenta a Via em seu balanço, publicado na noite desta quinta-feira (9).

A Via destaca ainda que o seu Ebitda ajustado, não contado com o impacto não recorrente dos processos trabalhistas causados (resultado da reestruturação da companhia), teria sido de R$ 629 milhões, alta de 1,9% no ano. Mesmo assim, a margem Ebitda teria recuado de 7,9% para 7,1%.

LEIA: MST invade sede do Instituto de Terra do Pará

A companhia viu sua margem bruta subir 2,2 pontos percentuais na base anual, para 31,3%, com uma “maior penetração de serviços”. O que pesou, então, foi o aumento das despesas com vendas, gerais e administrativas, que cresceram 23,4% no ano, chegando a R$ 2,2 bilhões.

“O resultado é explicado pela desalavancagem operacional, apesar do crescimento de 9% da Receita Bruta. O nível de despesas no quarto trimestre de 2021 foi menor em função de recuperações de créditos fiscais relacionados a despesas que se concentraram no período”, justifica a companhia, que menciona que, no ano, houve redução de 8,9% dos gastos nesta frente.

MAIS INFORMAÇÃO: Senado desrespeita regra e não permite oposição presidir nenhuma comissão

A Via terminou 2022 com um caixa líquido de R$ 2 bilhões, sendo que gerou R$ 3,4 bilhões em caixa operacional no quarto trimestre.

“No período, houve geração no capital de giro de R$ 1,2 bilhão, efeito principalmente da redução de estoques. Os gastos com demandas judiciais trabalhistas totalizaram R$ 273 milhões, enquanto a monetização de créditos tributários somou R$ 1,1 bilhão e a renovação da parceria de cartões [com o Bradesco] R$ 1,75 bilhão”, explica a varejista.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada