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Reino Unido confisca mais de US$ 8 milhões de ex-funcionário da Petrobras referente a Lava Jato. Brasil não tem mais presos pela operação. O Escritório de Fraudes Graves do Reino Unido (SFO, na sigla em inglês) pode apreender mais de 8 milhões de dólares em dinheiro ilícito vinculado ao escândalo de corrupção envolvendo a Petrobras (PETR4) revelado pela operação Lava Jato, decidiu um tribunal de Londres nesta sexta-feira, 17.

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O órgão solicitou o confisco de 7,7 milhões de dólares e 700 mil libras mantidas na conta bancária em Londres do ex-funcionário da Petrobras, Mario Ildeu de Miranda, que foi preso no Brasil no âmbito da Lava Jato.

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A agência disse que a quantia é a maior já apreendida pelo SFO de uma única conta bancária.

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A diretora do SFO, Lisa Osofsky, disse em um comunicado: “Ao longo de dois anos, desvendamos uma complexa rede de transações em todo o mundo, expondo a tentativa do sr. Miranda de ocultar provas criminais e garantindo que o Reino Unido não possa ser usado como esconderijo para bens criminais.”

O advogado de Miranda, Abdullah Al-Yunusi, disse à Reuters: “Nosso cliente está obviamente desapontado com o julgamento”, acrescentando que “estamos, como equipe, digerindo isso com ele e considerando todas as opções, incluindo um recurso”.

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Miranda foi condenado em 2019 por 37 acusações de lavagem de dinheiro por receber cerca de 25 milhões de dólares da construtora Odebrecht, que hoje se chama Novonor.

Ele então pagou 11,5 milhões de dólares a funcionários da Petrobras e lavou o restante por meio de suas outras contas bancárias em países como Bahamas, Emirados Árabes Unidos, Malta e Portugal, antes de depositar o dinheiro em Londres, disse o SFO.

Miranda argumentou que não sabia que o dinheiro da Odebrecht, que mudou seu nome para Novonor em 2020, era propina.

Mas, nesta sexta-feira, a juíza Briony Clarke disse em uma decisão por escrito que o dinheiro na conta bancária de Miranda em Londres veio de conduta ilegal e, portanto, poderá ser recuperado pelo SFO.

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