Especialista em liberdade de expressão, André Marsiglia usou suas redes sociais, nesta segunda-feira (3), para lançar luz sobre a atuação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O jurista advertiu para a erosão da entidade quanto às suas finalidades e atribuições, servindo mais aos poderes da República do que, propriamente, aos seus mantenedores.
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– A OAB federal, e de grandes centros, como São Paulo, possuem estrutura e verba tão robustas que acabaram se tornando influentes demais junto aos poderes da República – observou Marsiglia.
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Um dos fatores que contribuem para esse fenômeno que acomete a estrutura da OAB, segundo o jurista, é que “a entidade passou a representar e a ser composta por advogados de elite que atuam no topo do Judiciário, em Brasília”.
– Como advogar, em um país autoritário como o Brasil, é um eterno confronto com o poder, a OAB deixou de ser uma solução aos advogados mais carentes e passou a ser parte do problema, parte da estrutura que oprime a liberdade profissional do advogado no país – concluiu.
O jurista compartilhou uma matéria do jornal Folha de S.Paulo com o título: OAB repete chapa única com crítico de Moraes e caminha para rara reeleição. O suposto “crítico de Moraes”, Beto Simonetti, conseguiu se reeleger para mais três anos à frente da OAB Nacional na última sexta-feira (31).
Marsiglia, então, tratou de advertir que não existe nenhum crítico do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na OAB, nem na Suprema Corte. O professor de Direito Constitucional fez uma declaração consonante às insatisfações de muitos advogados do Brasil.
– Entendam de uma vez por todas: Não há críticos de Moraes ou do STF na OAB. A OAB representa o poder, não os advogados – declarou.