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O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil do 2º trimestre na terça-feira (3) e os dados do mercado de trabalho nos EUA ao longo da semana são os principais indicadores econômicos entre os dias 1 e 7 de setembro. Esses dados serão vistos com lupa pelos investidores para identificar se o Banco Central do Brasil (Bacen) vai manter ou subir a taxa Selic e o tamanho do corte de juros dos EUA pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). As duas autoridades monetárias realizam as suas reuniões monetárias nos mesmos dias no meio do mês, em 17 e 18 de setembro.

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No caso brasileiro, os números devem comprovar uma atividade econômica acima do projetado no começo do ano, quando as estimativas eram de uma expansão de menos 2% no PIB em 2024. No último Boletim Focus, as projeções já chegam a um crescimento de 2,43% no PIB, com tendência de alta.

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O PIB do Brasil no segundo trimestre não sentiu os efeitos negativos da tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul (RS) no fim de abril e começo de maio. A ajuda financeira do governo federal às famílias, empresas, municípios e ao Estado do RS para a recuperação do estado deve ter se sobreposto às perdas inicialmente calculadas.

Caso o PIB do segundo trimestre venha forte e acima do consenso do mercado, aumentam as chances de início de um aperto monetário de 25 pontos-base na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), elevando a taxa Selic de 10,5% para 10,75%. O presidente do Bacen, Roberto Campos Neto, afirmou ontem, em evento da XP (BVMF:XPBR31) nesta sexta (30), que “se começar um ciclo de alta, ele será gradual”, descartando uma alta de meio ponto percentual na taxa básica de juros.

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O cenário que embasa a alta da Selic não se restringe a uma atividade mais robusta. Acaba se somando a outros fatores, como deterioração da expectativa de inflação para os próximos 18 meses, mercado de trabalho robusto com massa de rendimentos em alta próximo ao topo histórico, política fiscal expansionista com aumento do endividamento público e alta do dólar diante da volatilidade externa em relação a incertezas internas com a trajetória fiscal e a independência do Bacen com o nome indicado pelo presidente Lula para suceder Campos Neto a partir do ano que vem. Além de adiamentos do início dos cortes de juros pelo Fed nos EUA ao longo de 2024, cenário que vai ser revertido na reunião de setembro com o começo da flexibilização monetária já sinalizada pelo presidente do Fed, Jerome Powell.

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A dúvida no exterior é se o Fed inicia a flexibilização monetária com um corte de 25 pontos-base ou meio ponto percentual. A inflação se encaminha para a meta de inflação de 2%, com o último dado do PCE – indicador de inflação preferido do Fed – caindo de 2,6% para 2,5% em julho. Com isso, o balanço de riscos se encaminha para o mercado de trabalho, já que o Fed tem um duplo mandato na condução da política monetária: estabilidade de preços e busca do pleno-emprego. A taxa de desemprego está se elevando no mercado de trabalho nos EUA, saindo de 3,7% em janeiro para 4,3% na leitura de julho.

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Diante dos dados da segunda prévia do PIB dos EUA do 2º trimestre mais forte do que o esperado, e superior ao da primeira leitura, o início dos cortes se encaminha para 25 pontos-base. Os dados do mercado de trabalho serão decisivos para pavimentar essa magnitude dos cortes, especialmente a geração de empregos e a taxa de desemprego, que serão divulgados na sexta-feira (6).

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Calendário dos principais eventos econômicos da semana

Domingo (1 de setembro): Gastos de Capital do 2º tri do Japão, PMI Industrial do Japão e da China (Caixin) de agosto.

Segunda-feira (2 de setembro): Feriado dos EUA; Boletim Focus; PMI Industrial de agosto da Zona do Euro, Reino Unido e Brasil.

Terça-feira (3 de agosto): IPC-Fipe de agosto; PIB do 2º trimestre do Brasil; PMI Industrial e ISM Industrial de agosto dos EUA; PMI do Setor de Serviços de agosto do Japão e da China.

Quarta-feira (4 de setembro): PMI do Setor de Serviços e Composto de agosto da Zona do Euro, Reino Unido e Brasil; IPP de julho da Zona do Euro; produção industrial de julho do Brasil; Balança comercial de julho dos EUA; Oferta de Empregos JOLTS de julho nos EUA; Livro Bege do Fed; Massa Salarial Geral de Empregados de julho.

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Quinta-feira (5 de setembro): Vendas no Varejo de julho da zona do euro; Demissões Anunciadas Challenger dos EUA; variação de emprego ADP de agosto dos EUA; Pedidos por Seguro-Desemprego dos EUA; Custo Unitário da Mão de Obra e Produtividade do Setor Não-Agrícola do 2º tri dos EUA; PMI do Setor de Serviços e Composto de agosto dos EUA; PMI Não-Manufatura ISM de agosto dos EUA; Balança Comercial de agosto do Brasil; Gastos Domésticos de julho do Japão.

Sexta-feira (6 de setembro): Mercado de trabalho do 2º trimestre da zona do euro; PIB do 2º trimestre da zona do euro; IGP-DI de agosto; dados do mercado de trabalho de agosto dos EUA (salário médio por hora, geração de emprego e taxa de desemprego); discursos de Williams e Waller.

Sábado (7 de setembro): Balança comercial de agosto da China.

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