Patrocinado

O mercado brasileiro é mesmo cheio de armadilhas para investidor iniciante ou desavisado que entra na onda de analistas que trabalham para o próprio mercado.

A abertura do pregão desta terça-feira (27) já indicava que a Americanas (AMER3) iniciaria a fase após o grupamento em grande estilo: a ação da varejista começou o dia entrando em leilão, após subir 18,6%, cotada a R$ 5,93. Não levou uma hora para que o papel voltasse a disparar, avançando 35%, a R$ 6,75.

LEIA: Mark Zuckerberg admite interferência do governo Biden na Meta e seus usuários

A ação chegou a subir ainda mais na volta do leilão, avançando 49%, a R$ 7,42. Por volta de 12h45, AMER3 tinha alta de 41,8%, cotada a R$ 7,09.

Esse salto, no entanto, não apaga as perdas do papel no mês e no ano, quando acumula queda de 87% e de 92%, respectivamente.

No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,01%, aos 136.900,02 pontos, depois de alcançar a máxima do dia aos 137.212,64 pontos durante a manhã.

A nova estreia da Americanas com o grupamento foi precedida de muitos sobressaltos para os investidores. 

LEIA: Brasil é o país que mais cobra imposto de medicamento do mundo

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.

AINDA: Projeção de taxa de juros próxima a 12% no fim do segundo ano de Lula 3 já é realidade

Em meados do mês de agosto, a ação despencou após os resultados do primeiro semestre e também sob o efeito do fim do período de lockup para os credores que se tornaram acionistas da varejista dentro do acordo de recuperação judicial.

No último dia 15, AMER3 chegou a cair quase 70%, encerrando aquele pregão cotada a R$ 0,14 (-57,57%). Na ocasião, analistas já indicavam que o movimento de perdas só seria estancado quando os investidores acreditassem na nova gestão e na governança da Americanas.

SAIBA: Mercado a termo da B3 passa a aceitar negociação de BDRs e FIIs

Americanas articula para deixar de ser penny stock
Na segunda-feira (26), o grupamento de ações da Americanas foi efetivado. Em maio, a companhia havia dado luz verde para a junção dos papéis na proporção de 100 para 1.

Ontem, um dia antes do início da negociação dos papéis grupados, AMER3 encerrou o dia com queda de 16,66%, cotada a R$ 0,05 — na mínima histórica. Com esse valor de fechamento, a ação da varejista iniciou esta terça-feira cotada a R$ 5,00.

O grupamento permite que a Americanas deixe de ser uma penny stock, como é chamada uma ação negociada abaixo de R$ 1 na bolsa.

Embora possa parecer tentador comprar um papel tão barato, pela regra da B3, nenhuma ação pode valer menos que R$ 1 por mais de seis meses ou corre o risco de ser deixar de ser listada na bolsa brasileira.

LEIA: Lula mantém discurso contra a privatização da Eletrobras, após perder o controle do caixa da empresa

Isso porque as penny stocks trazem um risco mais elevado para os investimentos, de acordo com um estudo da Quantum Finance. A consultoria destaca que ações do tipo têm como característica uma volatilidade ainda maior do que outros ativos de renda variável. Ou seja, o preço de tela pode disparar ou despencar com mais facilidade e frequência.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada