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Após Polícia Federal indiciar ministro, Lula minimiza novamente a situação e mantém Juscelino no cargo

Ministro de Lula usou dinheiro público

O presidente Lula (PT) minimizou, nesta quinta (13), em Genebra, a decisão da Polícia Federal de indiciar o ministro das Comunicações Juscelino Filho por supostos crimes em esquema de corrupção. O petista adiou sua decisão sobre a exonerar ou não o acusado desviar emendas parlamentares para seus redutos eleitorais, com o argumento de que o ministro indicado pelo União Brasil será ouvido por ele ainda hoje, porque “tem o direito de provar que é inocente”. Não é a primeira vez que Lula tem esta atitude relacionada a escândalos do mesmo ministro.

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Lula ignora o cerco da PF, um dia depois de a corporação expor ao Supremo Tribunal Federal (STF) indícios de que Juscelino Filho teria atuado em desvios de emendas parlamentares através da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Juscelino nas redes sociais também é conhecido como “o ministro dos cavalos”, em outro dado episódio ele utilizou o avião da Força Aérea Brasileira (FAB), para uso pessoal participando de um leilão de cavalos que é sua paixão, segundo sua própria afirmação.

Em outro episódio nos primeiros meses de governo Lula 3 o ministro comprou 1000 chips de celular para mandar aos yanomamis na Amazônia, local onde nem mesmo serviço de energia e internet existe. Apenas a Starlink de Elon Musk atende a região remota.

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A suspeita é de que o ministro de Lula tenha cometido os crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A irmã do ministro já se comprometeu inclusive a devolver valores, o que demonstra irregularidade.

“Eu acho que o fato do cara ser indiciado não significa que o cara cometeu um erro. Significa que alguém está acusando, e que a acusação foi aceita. Agora, eu preciso que as pessoas provem que são inocentes e ele tem o direito de provar que é inocente. Eu não conversei com ele ainda, eu vou conversar hoje [quinta-feira, 13] e vou tomar uma decisão sobre esse assunto”, disse Lula, ao ser abordado na Suíça.

O caso será relatado, no STF, pelo ministro Flávio Dino, que foi colega de Juscelino Filho no governo petista, ao comandar a pasta da Justiça e da Segurança Pública, á qual a PF era subordinada. Mas ainda passará pelo crivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) indiada por Lula, que deve decidir se denuncia ou não o ministro de Lula, com a possibilidade de arquivar o inquérito ou pedir novas diligências para a PF aprofundar investigações.

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Acusações e crença na inocência

Pressionado pela oposição para perder seu cargo, Juscelino é deputado federal licenciado e foi acusado, entre outras irregularidades, de destinar recursos de emenda parlamentar para uma estrada que tem 80% de sua extensão beneficiando exclusivamente suas fazendas, no município de Vitorino Freire (MA). A cidade é comandada por sua irmã, a prefeita Luanna Rezende, também investigada.

Juscelino divulgou nota, ontem, em que atribui o cerco da PF a uma ação “política e previsível” e afirma ser inocente.

“É importante lembrar que o indiciamento não implica em culpa. A Justiça é a única instância competente para julgar, e confio plenamente na imparcialidade do Poder Judiciário. Minha inocência será comprovada ao final desse processo, e espero que o amplo direito de defesa e a presunção de inocência sejam respeitados”, disse Juscelino Filho.

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