Patrocinado
Início Direitos Após prefeito sancionar lei que aprovou privatização da Sabesp na cidade de...

Após prefeito sancionar lei que aprovou privatização da Sabesp na cidade de São Paulo, justiça anula decisão por liminar e insegurança jurídica volta a assustar

Sabesp deve ser privatizada segundo maioria dos analistas

A votação que autorizou o município de São Paulo a aderir à privatização da Companhia de Saneamento Básico do estado a Sabesp (SBSP3), realizada na noite de quinta-feira (2), foi anulada por uma decisão liminar. Para a juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo (TSJP), houve irregularidades no processo de votação. O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (União Brasil), vai recorrer da decisão.

AINDA: Parlamentares esquerdistas vão aos EUA bancados por ONGs e George Soros

Durante a segunda votação do projeto de lei, vereadores de oposição alertaram para uma possível irregularidade da tramitação. Silvia da Bancada Feminista (PSOL) foi uma das que levantaram a voz contra o projeto de lei. Segundo ela, as audiências públicas prévias à votação não levaram em conta as mudanças no texto apresentados durante a tarde.

MAIS: Governo Lula consegue recorde de endividamento do Brasil, e coloca Dilma em 2º lugar

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui

LEIA: Câmara dos EUA convoca jornalista para falar sobre violações de direitos humanos cometidas por funcionários do governo brasileiro

“Esta votação não deveria estar acontecendo agora porque as audiências públicas não apreciaram o substitutivo que está sendo apreciado agora. É isso que deveria acontecer, a suspensão imediata dos trabalhos. Essa votação é ilegal, e se vocês quiserem manter essa votação, nós vamos à Justiça”, disse a vereadora durante a sessão desta quinta-feira.

Na liminar, a juíza Celina Kiyomi Toyoshima apontou que a segunda votação só poderia ter ocorrido “após a realização de todas as audiências públicas, bem como estudos necessários”. No entendimento da magistrada, estas medidas não foram atendidas pela Câmara Municipal, que mesmo assim seguiu com a votação do projeto de lei, sancionado logo em seguida pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Câmara garante que rito processual foi cumprido

Por outro lado, a Câmara garante que realizou as audiências e apresentou os estudos questionados pela juíza. A liminar, explicou a presidência da Casa, não seria a forma correta de questionar a votação, mas sim uma Ação Direta de Inconstitucionalidade. Milton Leite disse, em nota, que vai recorrer da decisão.

LEIA: Moraes libera Cid com medidas cautelares, após quase dois meses preso por áudio com denuncia sobre o ministro

“A votação ocorreu após todas as audiências públicas previamente agendadas (nove) e após a apresentação do estudo de impacto orçamentário. Não há que se falar em suspensão dos efeitos da sessão, pois a Câmara entende que não cabe interferência judicial no trâmite legislativo, muito menos em um processo legislativo já encerrado, pois o PL 163/2024 já foi sancionado pelo prefeito e já está em vigor (Lei 18.107, de 2 de maio de 2024). O instrumento legal para questionar uma lei aprovada é uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) e nunca uma ação popular”, detalha a nota.

Sair da versão mobile