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Início 08 DE JANEIRO DE 2023 Moraes libera Cid com medidas cautelares, após quase dois meses preso por...

Moraes libera Cid com medidas cautelares, após quase dois meses preso por áudio com denuncia sobre o ministro

Imagem: Senado youtube

Nesta sexta-feira (3), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, autorizou a soltura do tenente-coronel Mauro Cid, que foi preso pela segunda vez em março deste ano após o vazamento de áudios em que o militar denuncia à atuação da Polícia Federal (PF) e a Moraes.

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A ordem de soltura foi confirmada pelo advogado Cezar Bittencourt, responsável pela defesa do militar.

Nos áudios, Cid relata pressão da PF por delação, critica o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e diz que a PF tem uma “narrativa pronta” nas investigações contra Bolsonaro. O militar estava em prisão domiciliar com monitoramento eletrônico desde setembro do ano passado após ter aceitado o acordo, que foi homologado por Moraes.

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“Eles queriam só que eu confirmasse a narrativa dele. É isso que eles queriam, e toda vez eles falavam ‘olha, a sua colaboração tá muito boa’. Ele até falou, ‘vacina, por exemplo, você vai ser indiciado por nove tentativas de falsificação de vacina, vai ser indiciado por associação criminosa’, e mais um termo lá. Ele disse assim: ‘só essa brincadeira vai ser trinta anos pra você”, relatou o tenente-coronel em um dos áudios.
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Na ordem de prisão preventiva, Moraes alegou descumprimento de medidas cautelares e obstrução de Justiça. Cid foi preso a primeira vez em maio do ano passado durante a Operação Venire, que apurou supostas fraudes em cartões de vacina.

O ministro considerou os esclarecimentos prestados por Cid ao Supremo, depoimentos à PF e o resultado de busca e apreensão para conceder a liberdade provisória.

“Ressalto, ainda, que, em virtude das declarações do colaborador Mauro César Barbosa Cid em audiência no Supremo Tribunal Federal, bem como de seus novos depoimentos perante a Polícia Federal e do resultado apresentado na busca e apreensão, apesar da gravidade das condutas, nessa exato momento, não estão mais presentes os requisitos ensejadores da manutenção da prisão preventiva, afastando a necessidade da atual restrição da liberdade de ir e vir”, escreveu o magistrado.

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Delação premiada de Cid foi mantida por Moraes

O militar deve cumprir medidas cautelares como usar tornozeleira eletrônica, cumprir recolhimento domiciliar noturno, comparecer semanalmente à Justiça. Além disso, Cid está proibido de deixar o país, usar redes sociais, e se comunicar com outros investigados, com exceção de sua esposa, filha e pai.

O ministro decidiu manter o acordo de delação premiada firmado entre Mauro Cid e a Polícia Federal. Ao prestar esclarecimento sobre os áudios, o militar negou ter sido coagido pelos investigadores em depoimentos. Após a divulgação das gravação, havia a possibilidade de Moraes rever o benefício pactuado pela PF, principalmente a pena máxima de 2 anos de prisão.

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“Não se verifica a existência de qualquer óbice à manutenção do acordo de colaboração premiada nestes autos, reafirmadas, mais uma vez, nos termos do art. 4º, § 7º, da Lei 12.850/13, a regularidade, legalidade, adequação dos benefícios pactuados e dos resultados da colaboração à exigência legal e a voluntariedade da manifestação de vontade”, disse o relator na decisão.

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