Patrocinado
Início Direitos Associação de Juízes inicia ação contra Dias Toffoli que anulou provas da...

Associação de Juízes inicia ação contra Dias Toffoli que anulou provas da Lava Jato usadas em vários países

dias toffoli
Imagem: STF

Associação de Juízes inicia ação contra Dias Toffoli que anulou provas da Lava Jato usadas em vários países. A Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil) informou nesta quarta-feira, 6, em comunicado enviado ao Poder360 que “tomará as providências necessárias” junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) para “preservar as prerrogativas da magistratura federal e de seus associados eventualmente atingidos” pela decisão do ministro Dias Toffoli.

AINDA: Ex-diretor da Odebrecht denuncia pagamentos a ex-presidentes do Peru nas últimas duas décadas

É importante lembrar que Marcelo Odebrecht em seu depoimento na época, informou que nas planilhas de propina da Odebrecht a pessoa tratada pela alcunha de “o amigo do amigo do meu pai, é exatamente o magistrado Dias Toffoli”.

SAIBA: Petróleo tem nova máxima em dez meses após corte de oferta de Rússia e Arábia Saudita

Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo.  Clique aqu
i. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui.

LEIA: Lula propõe voto secreto no STF após críticas da esquerda a Zanin

Também nesta 4ª feira, o magistrado anulou as provas do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht (atual Novonor), que foram usadas em acusações e condenações resultantes da operação Lava Jato. Na decisão, afirmou que a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi uma “armação” e “um dos maiores erros judiciários da história do país”.

VOCÊ SABIA: Toffoli atendeu a um pedido da esposa do Ministro STF Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli de anular todas as provas do acordo de leniência da Odebrecht, nesta quarta-feira, pode se refletir em revisão de penas da Lava-Jato e devolução de multas pagas por executivos e pela empresa.

As provas foram usadas em vários países pois a corrupção foi evidenciada em vários países não apenas no Brasil.

O custo da corrupção descoberta pela Lava Jato

A Lava Jato completou quatro anos em 2018, a essa e na época o montante calculado pela força-tarefa a ser ressarcido aos cofres públicos era de R$ 44,4 bilhões. A soma é pleiteada nas diversas ações judiciais propostas por procuradores federais em Curitiba e no Rio de Janeiro.

“Das nossas ações cíveis, apesar da tramitação no Paraná ser mais rápida, não tivemos nenhuma julgada em primeiro grau. Nosso processo judicial é muito lento, muito difícil”, afirma à BBC Brasil, o procurador Paulo Galvão, integrante da força-tarefa no Paraná, referindo-se aos pedidos judiciais de reparação de danos que em Curitiba somam R$ 38,1 bilhões e, no Rio, R$ 2,34 bilhões.

Os valores reivindicados na Justiça – nos quais estão incluídos os R$ 3,2 bilhões bloqueados judicialmente entre bens e contas de réus – só poderão ser repassado às vítimas diretas dos crimes investigados pela Lava Jato quando não houver mais a possibilidade de recursos judiciais.

LEIA: Lula indica desembargadores do Ceará e Minas Gerais para vagas no STJ

Um desses bens bloqueados foi o triplex do Guarujá, que o Ministério Público Federal disse ter sido dado pela OAS como propina ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na época, que nega a acusação. O imóvel iria a leilão em maio, e o dinheiro da venda foi depositado numa conta judicial até o fim da ação.

A unidade triplex do Condomínio Solaris, no Guarujá, atribuída pela Justiça ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi arrematada em 15 de maio de 2018 em leilão por R$ 2,2 milhões. O lance vencedor foi feito às 13h55, cinco minutos antes do final do pregão.

O comprador que fez o lance, denominado Guarujapar, tem a localidade registrada como Brasília. Além dos R$ 2,2 milhões, ele teve de arcar com a comissão do leiloeiro, de R$ 110 mil, e mais R$ 47.204,28 de débitos condominiais.

Em 29 de janeiro de 2018, o juiz federal Sérgio Moro determinou a venda, em leilão público, do triplex após o imóvel ter sido penhorado a pedido da 2ª Vara de Execução de Títulos Extrajudiciais da Justiça Distrital de Brasília, em processo da empresa Macife contra a OAS. Segundo a defesa de Lula, a decisão dessa penhora, pela própria Justiça, comprovaria ser a OAS a verdadeira dona do triplex, e não o ex-presidente Lula.

MAIS: Ana Moser e atletas criticam decisão de Lula, “abandono do esporte”

Na decisão anunciada por Moro, o juiz argumentou que “o imóvel foi inadvertidamente penhorado, pois o que é produto de crime está sujeito a sequestro e confisco e não à penhora por credor cível ou a concurso de credores”.

O juiz determinou que os valores obtidos com o leilão do triplex fossem revertidos à Petrobras. Desta forma com a novidade de Toffoli, será que agora a Petrobras (petr3;petr4) terá que devolver o valor a Lula? Ou seria para a OAS?

SEM COMENTÁRIOS

Sair da versão mobile