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A reformas do presidente da Argentina, Javier Milei, vem sendo vista com entusiasmo pelo mercado financeiro. No primeiro trimestre de 2024, o Merval (índice medido em dólares da bolsa de valores argentina) obteve uma alta de 84,41% em relação ao ano anterior, de acordo com a TC Economatica.

Na noite desta segunda-feira (22), Milei anunciou que o governo registrou seu terceiro superávit mensal consecutivo. No discurso, ele chamou o feito de “milagre econômico”, e afirmou que o excedente fiscal foi de aproximadamente 275 bilhões de pesos em março.

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Empossado em 10 de dezembro de 2023, Milei foi eleito no segundo turno superando o ministro da Economia do governo anterior, o peronista Sergio Massa. Sua política econômica feroz consiste em eliminar o déficit fiscal, aumentar a saúde financeira do Banco Central do país e tornar o gasto público eficiente. Logo no início, foi iniciado o chamado “Plano Motosserra”, visando o ajuste fiscal.

Para analistas, a principal medida foi o ajuste draconiano (ou severo) do déficit fiscal. O governo realizou um ajuste rigoroso nas contas públicas, visando zerar a dívida do país.

Além disso, foi iniciado um processo de saneamento do Banco Central, acumulando reservas internacionais. Até o momento, estima-se que o Banco Central possua mais de U$ 700 bilhões em reservas, o que representa um saldo positivo.

Soma-se isso a uma política de taxas negativas e eliminação de passivos remunerados, e o resultado é uma forte queda no nível da atividade, esperando-se a desaceleração da inflação.

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Milei e o mercado financeiro

As políticas do presidente que tiveram maior repercussão positiva foram a interrupção de interferências do Estado em questões regulatórias e a retirada de cargas tributárias anticompetitivas. Tentou-se aprovar rapidamente um pacote para desregular os mercados, através de um decreto de urgência e de um projeto de lei, que foram rejeitados pelo Congresso. Agora o governo está tentando obter sua aprovação, mesmo várias mudanças em relação ao texto original.

O que Milei faz na Argentina é o oposto do que Lula vem praticando no Brasil.

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Apesar de sua determinação em abordar os problemas econômicos do país, o governo de Milei enfrenta os esquerdistas com sindicatos tentando atrapalhar suas reformas e alguns políticos acostumados ao toma lá da cá esquerdista, que podem estacionar a aprovação das leis necessárias para desregulamentar a economia, estabelecer um orçamento nacional e implementar um novo regime monetário. A complexidade da situação inicial e a falta de apoio político dificultam a implementação eficaz das medidas econômicas.