São Paulo, 24 de outubro de 2025 — O Bradesco (BBDC4) anunciou que deixará de emitir cheques para clientes pessoa física e microempreendedores individuais (MEIs) a partir de dezembro de 2025. A medida, comunicada aos usuários por meio do aplicativo oficial do banco, marca o fim de uma era no sistema bancário brasileiro e acompanha a crescente digitalização dos meios de pagamento.
Segundo nota enviada à imprensa, o banco está “descontinuando gradualmente” a emissão de talões de cheque para esses segmentos, recomendando que os clientes utilizem o Pix, disponível 24 horas por dia, como alternativa mais prática e segura.
“A iniciativa acompanha a mudança de comportamento dos clientes, que têm optado por soluções digitais como Pix, transferências e pagamentos eletrônicos”, informou o Bradesco.
A decisão é legal?
Sim. A legislação brasileira não obriga os bancos a oferecerem cheques como meio de pagamento. Trata-se de um serviço opcional, que pode ser modificado ou encerrado pelas instituições financeiras, desde que haja comunicação prévia e respeito aos contratos vigentes.
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O Banco Central autoriza que os bancos adaptem seus produtos e serviços conforme a demanda e evolução tecnológica, desde que ofereçam alternativas viáveis, como transferências eletrônicas, cartões e o Pix.
Caso o cliente tenha um contrato que mencione o uso de cheques — como garantias comerciais ou acordos específicos — o banco pode ser obrigado a manter o serviço até o fim do contrato ou oferecer uma solução equivalente.
Cheques continuam para clientes Corporate
A medida não afeta os clientes Corporate, ou seja, grandes empresas que ainda utilizam cheques em operações específicas. Para esse público, os talões continuarão disponíveis normalmente.
Fim de uma era
Por décadas, os cheques foram um dos principais meios de pagamento no Brasil, usados para parcelamentos, garantias e transações comerciais. No entanto, com o avanço da tecnologia bancária e a popularização do Pix, o uso de cheques caiu drasticamente.
Dados do Banco Central indicam que o volume de cheques compensados no país caiu mais de 80% nos últimos 10 anos, tornando o produto cada vez mais obsoleto.









