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Bradesco tem queda superior a 70% no lucro. Americanas contribuiu

Programa de recompra de ações do Bradesco divulgado

Bradesco tem queda superior a 70% no lucro. Americanas contribuiu. Um dos principais credores da Americanas (AMER3), o Bradesco (BBDC4) se viu obrigado a provisionar 100% de sua exposição à varejista para mitigar o impacto de um possível calote. O montante impactou o lucro do banco no quarto trimestre de 2022, que despencou 76% em relação ao mesmo período de 2021, para R$ 1,595 bilhão.

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O desastre era anunciado: com o início da recuperação judicial da Americanas (AMER3) em janeiro, os bancos teriam de antecipar um possível calote em suas demonstrações financeiras, ainda que o caso tenha eclodido depois do fechamento do trimestre.

“Com os recentes eventos envolvendo um cliente Large Corporate específico, ocorridos no início de 2023, a Administração reavaliou os riscos inerentes e, de forma prudencial, provisionou 100% da operação, afetando o lucro do 4T22″, disse o Bradesco.

No caso do Bradesco, a dívida da Americanas com o banco chega a R$ 4,8 bilhões, a maior com uma instituição financeira, de acordo com a planilha de credores divulgada pela varejista. (Tecnicamente, a maior dívida seria com o Deutsche Bank, mas o banco alemão já informou que não tem exposição ao caso, pois é agente fiduciário de dois títulos de dívida que a Americanas emitiu no exterior).

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Outros bancos que já divulgaram seus balanços também aumentaram as provisões. O Santander provisionou apenas 30% da dívida que tem com a varejista, o que deve afetar os resultados deste ano. Já o Itaú decidiu provisionar 100% da sua exposição, assim como o Bradesco, deixando o ano de 2023 “limpo” desse impacto.

A queda no lucro do Bradesco foi além do esperado por analistas da Bloomberg, que projetavam recuo de apenas 30% na comparação com o mesmo período de 2021. No total do ano de 2022, o Bradesco somou lucro líquido recorrente de R$ 20,7 bilhões, queda de 21,1% em relação a 2021.

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A rentabilidade medida pelo retorno anualizado sobre patrimônio líquido Médio (ROAE) também sofreu no período e chegou a 3,9%, um tombo de 9,1 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2022. De acordo com o Bradesco, o índice teria chegado a 10,3% se não fosse o impacto da Americanas. No acumulado do ano, o ROAE ficou em 13,1%.

Já a margem financeira com clientes anotou uma leve queda de 0,3% no trimestre, mas expandiu 18,3% em relação ao mesmo período de 2021. A margem com o mercado, por sua vez, mostrou alguma recuperação no trimestre, apesar de ainda estar negativa. Isso se deve ao impacto negativo do aumento da Selic.

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