E o jornal Estadão segue nesta sexta-feira, 24, com uma série de observações a respeito dos últimos eventos internacionais que o país sediou. Sendo um esportivo e o outro entretenimento musical.
Nas observações do periódico o Brasil seja o setor privado ou o estatal não demonstra cuidado e preocupação e cuidado com os seus.
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“No curtíssimo intervalo de quatro dias, dois eventos que poderiam ter sido um modelo de celebração, festa e marketing positivo para o Rio de Janeiro e o Brasil foram, ao contrário, motivo de vergonha, perplexidade e revolta para todo o País. A trágica morte de uma jovem de 23 anos durante o show da cantora norte-americana Taylor Swift e o triste espetáculo de violência entre as torcidas brasileira e argentina antes da partida das Eliminatórias da Copa de 2026, no Maracanã, são, cada um à sua maneira, sintomas de inaceitável amadorismo por parte dos organizadores e de lamentável descaso por parte do poder público”.
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O Estadão explica ainda que mesmo sendo, tanto o show quanto o jogo, eventos de caráter privado – razão pela qual cabe aos organizadores a maior e mais pesada parcela de responsabilidade e de punição no prazo mais breve possível –, não há como eximir de culpa as autoridades públicas, responsáveis por garantir segurança e bem-estar de todos os cidadãos. Tal dever ganha dimensão ainda maior quando se considera o tamanho dos eventos em questão e sua repercussão no exterior.
“Não se sabe com certeza qual foi a causa da morte da jovem fã da cantora Taylor Swift. Mas, ainda assim, ela não foi a única a passar mal diante do desconforto e da escassez de água, num dia com sensação térmica de 60 graus, num show para 40 mil pessoas espremidas no Engenhão. O estádio, na zona norte do Rio, havia se transformado num forno”.
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Ainda segundo o Estadão, o País tomou conhecimento das mensagens desesperadas enviadas por espectadores, que imploravam por água, como se estivessem num deserto submetidos a uma prova de resistência, e não assistindo a um show cujo ingresso mais barato custava R$ 240. Houve mais de mil desmaios e milhares de ocorrências de emergência que os poucos e despreparados postos médicos não deram conta de atender. A tragédia poderia ter sido muito maior.
No caso do show mencionado pelo Estadão a empresa organizadora observou suas ações derreterem após o episódio, entretanto, o fato não apaga o que grande parte do público passou naquele ambiente.
Esse desrespeito é o que ficou da imagem do Brasil na passagem de Taylor Swift pelo Rio. Poucos dias depois, essa imagem ficaria ainda pior, quando a organização do jogo entre Brasil e Argentina no Maracanã foi incapaz de conter os ânimos de torcedores argentinos mais exaltados, o que gerou pancadaria generalizada, transmitida ao vivo para todo o mundo.
Qualquer um sabe, ou deveria saber, que a rivalidade entre Brasil e Argentina tem potencial de conflito até em jogo de bola de gude. Por isso, o mínimo que se esperava dos organizadores era um investimento maior em segurança e uma separação prudente das torcidas, mesmo que isso pudesse representar um retorno financeiro menor. Ver mulheres e crianças sendo encurraladas enquanto tentavam fugir da pancadaria foi a imagem mais revoltante do descaso.
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Por fim, o jornal conclui sua análise afirmando que “a ganância dos organizadores, tanto no show quanto no jogo, claramente se sobrepôs à necessidade de garantir conforto e segurança para os espectadores. A essa negligência privada se somou a irresponsabilidade do Estado, que não fiscalizou o que deveria fiscalizar”.
Caso queira a íntegra veja aqui.