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A Marfrig (MRFG3) afirmou nesta quinta-feira que vai incorporar a totalidade das ações de emissão da BRF (BRFS3) não detidas pela companhia, formando a MBRF, uma empresa global do setor de carnes e alimentos processados com receita de R$152 bilhões consolidada em 12 meses.

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A transação prevê uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig por cada ação da BRF detida, considerando já uma “distribuição máxima” de proventos pelas companhias, sendo R$2,5 bilhões pela Marfrig e R$3,5 bilhões pela BRF, segundo uma nota conjunta.

Juntas, Marfrig, focada em carne bovina –com parte de suas operações nos Estados Unidos e no Brasil–, e a BRF, com foco em carnes de aves e suínos, poderão acirrar a concorrência com a gigante JBS (JBSS3) dos irmãos Batista, que conta com uma atuação global e também vende as três importantes proteínas, assim como alimentos processados.

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Marfrig e BRF projetam sinergias de R$805 milhões por ano, sendo entre R$400 milhões e R$500 milhões previstos para os primeiros 12 meses e o restante no médio e longo prazos.

“A fusão entre a Marfrig e a BRF é um movimento necessário para que possamos avançar com capturas de sinergias estratégicas e continuar crescendo nossos negócios em todo o mundo”, afirmou o controlador e presidente dos conselhos de administração de Marfrig e BRF, Marcos Molina, em nota.

A Marfrig já possui 50,49% de participação na BRF. A primeira aquisição de uma fatia na BRF pela companhia de Molina ocorreu em maio de 2021, quando a empresa declarou que seria um investidor passivo.

“Hoje, com a MBRF, começamos um novo capítulo da nossa história e estamos pavimentando um futuro promissor”, acrescentou Molina, destacando que a nova empresa manterá disciplina financeira e foco em produtos de valor agregado.

Conforme comunicado conjunto, a nova empresa tem 38% do volume de vendas proveniente de produtos processados, com “alto valor agregado”.

O movimento deve fortalecer a presença global da nova empresa, que terá posição de liderança nos diversos mercados onde as companhias atuam, afirmaram as empresas.

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A MBRF, que estará presente em 117 países com marcas como Sadia, Perdigão e Bassi, tem produção estimada em 8 milhões de toneladas de produtos anualmente.

REDUÇÃO DE CUSTOS, TRIBUTOS

Estima-se uma redução de despesas na ordem de R$320 milhões anuais, com iniciativas como a unificação de estrutura comercial e logística, consolidação de um sistema operacional único e otimização da estrutura corporativa.

A operação traz também uma oportunidade na América do Norte, que considera a possibilidade de redomiciliação. “Isso traz vantagens significativas, como alta liquidez no mercado norte-americano, acesso a custos de capital mais atrativos e uma potencial reavaliação dos múltiplos das empresas”, disseram as companhias.

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Além disso, a companhia também poderá se beneficiar de “otimização fiscal”, como por exemplo a aceleração da monetização de créditos tributários nas esferas federal e estadual.

“Com base em nossas estimativas atuais, essa frente deve gerar R$3 bilhões a valor presente.”

Com a conclusão da incorporação de ações, a Marfrig informou que a BRF vai se tornar uma subsidiária integral da companhia, conforme fato relevante ao mercado.

Como parte da negociação, a operação prevê que os acionistas da BRF e da Marfrig sejam beneficiados com um “expressivo pagamento de proventos”.

As empresas também anunciaram a convocação de assembleia geral extraordinária de acionistas da Marfrig e da BRF para o dia 18 de junho, para deliberar sobre a incorporação das ações.A transação foi anunciada praticamente junto com a divulgação dos resultados trimestrais das duas empresas.

A BRF registrou lucro líquido de R$1,2 bilhão no primeiro trimestre, o dobro do mesmo período do ano passado, enquanto a Marfrig divulgou lucro líquido atribuído ao controlador de R$88 milhões, crescimento de 40,3% na comparação ano a ano.

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O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização ajustado da BRF cresceu 30%, alcançando R$2,8 bilhões, versus R$3,2 bilhões da Marfrig, avanço de 20,8% em base anual.

a BRF fechou o primeiro trimestre com dívida líquida de R$5,98 bilhões.

A alavancagem da BRF atingiu seu menor patamar histórico no primeiro trimestre (0,54x), enquanto a Marfrig tem nível mais alto, de 2,69x, com uma dívida líquida consolidada de R$38,1 bilhões.

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