O risco fiscal na economia brasileira mantém o dólar acima de R$6 e acende alerta para patamar superior a R$7, de acordo com o banco BTG (BVMF:BPAC11), que tratou do tema em relatório macroeconômico divulgado nesta quinta-feira, 12 de dezembro. É importante lembrar que André Esteves, sócio do Banco é apoiador de Lula.
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Com piora nas expectativas em relação às contas públicas, o banco passa a estimar dólar a R$6,25 ao final de 2025 e a R$6,35 ao final de 2026.
“O câmbio mais depreciado, conjuntamente com a desaceleração da demanda doméstica, contribuirá para aumentar o superávit comercial nos próximos anos e reduzir o déficit em transações correntes para patamar próximo a 2% do PIB em 2025 e 2026”, argumenta a equipe macroeconômica do banco, liderada pelo economista-chefe Mansueto Almeida.
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“Ações do governo que contornem o Orçamento, intensifiquem mecanismos parafiscais, minem a credibilidade da política monetária ou envolvam intervenções no mercado cambial teriam potencial de levar o câmbio a ultrapassar a barreira de R$7,00/US$ no próximo ano”, alertam os economistas, que avaliaram as medidas do governo como aquém do esperado.
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O BTG prevê impacto fiscal de R$46 bilhões em dois anos e R$242 bilhões até 2030, menos do que o estimado pelo governo, que enxerga os valores de R$71,9 bilhões e R$327 bilhões, respectivamente.
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“Com um conjunto de medidas tímidas, o governo Lula não conseguiu afastar o risco de alterações no arcabouço fiscal que ele mesmo criou em um ano, nos próximos dois anos”, conclui o BTG, que espera Selic de 14,75% ao ano no segundo trimestre do ano que vem.