O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira (26) que as expectativas para a inflação no Brasil vêm piorando, e ressaltou que a autoridade monetária está “seguindo isso bastante de perto”.
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Em evento promovido pela Young Presidents’ Organization, Campos Neto afirmou que as projeções de mercado para a inflação de 2025 começaram a piorar recentemente, movimento que o BC está tentando entender.
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“As expectativas de inflação vêm piorando, tanto as expectativas médias quanto longas vêm piorando”, disse.
Campos Neto ponderou que a inflação de serviços subjacente segue em nível elevado, mostrando-se mais resiliente nos itens mais ligados ao mercado de trabalho. Ele demonstrou preocupação com o tema, destacando que dados fortes de emprego podem impactar os preços de serviços.
RCN afirmou que a parte fiscal do Brasil é que é a mais preocupante e que fica mais difícil agora com a mudança da meta pagar a dívida do Brasil e que o país tem dificuldade em gastar menos.
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O mais recente Boletim Focus do Banco Central, que capta estimativas de agentes do mercado, aponta para uma inflação de 3,60% em 2025, contra 3,56% previstos uma semana antes e 3,51% um mês antes. A meta de inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.
Para o presidente do BC, essa mudança pode ser explicada por percepções relacionadas ao preço de combustíveis, patamar do câmbio e nível dos juros nos Estados Unidos.
Campos Neto disse que a inflação no Brasil precisa manter trajetória de queda e destacou dados de março melhores do que o previsto, mas ponderou que a “última milha” da desinflação é mais difícil.