O ministro do STF André Mendonça determinou a prisão do “Careca do INSS”, um dos principais personagens do roubo bilionário aos aposentados e pensionistas brasileiros, cujos proventos sofreram descontos associativas que eles não autorizaram. O cumprimento do mandado de prisão foi realizada em São Paulo na manhã desta sexta-feira (12) por agentes da Polícia Federal.
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Também foi preso Maurício Camisotti, apontado como beneficiário final do roubo aos aposentados. Ele é acusado de haver usado sua corretora de seguros Benfix para pagar R$1 milhão à empresa de consultoria do lobista de Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”. Eles estão na lista de 21 pessoas cujas prisões foram solicitadas ao ministro, que é relator do caso no STF, pela CPMI que investiga a gatunagem contra aposentados e pensionistas.
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A PF cumpre dois mandados de prisão e treze mandados de busca e apreensão determinados pelo ministro André Mendonça.
Careca do INSS é preso
A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira, os empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e seu sócio Maurício Camisotti. Eles são suspeitos de envolvimento em esquemas de fraude relacionados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A ação, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é um desdobramento da Operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano para apurar um esquema nacional de descontos indevidos em aposentadorias e pensões.
A figura central na distribuição das supostas propinas seria Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Um relatório das movimentações financeiras de Antunes apontam que ele movimentou R$ 53 milhões provenientes de entidades sindicais ou empresas relacionadas a elas.
Antônio Carlos declara sua ocupação profissional como “gerente”, com renda mensal de R$ 24.458,23. A PF aponta, porém, movimentações bancárias “muito superiores à sua hipotética renda”.
Ao mapear o caminho do dinheiro desviado, a PF descobriu que o Careca do INSS é “sócio de uma miríade de empresas” de diferentes setores. Pessoas físicas e jurídicas ligadas a ele receberam R$ 53,5 milhões de entidades sindicais e de empresas relacionadas às associações.
De acordo com a PF, Antunes é dono de uma frota de oito carros de luxo. Ele também tem imóveis em São Paulo e em Brasília, incluindo uma casa no Lago Sul, bairro nobre da capital federal — que ele teria comprado à vista, no valor de R$ 3,3 milhões, conforme documentos da investigação.
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O empresário também consta como representante legal de uma firma sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. “Trata-se, possivelmente, de uma offshore constituída por Antônio Carlos, a fim de blindar o patrimônio ilegítimo amealhado”, informou a PF.
Os ex-advogados de Antunes afirmaram à época da operação que a inocência do empresário será provada. “A defesa confia plenamente na apuração dos elementos constantes nos autos e na atuação das instituições do Estado Democrático de Direito. Ao longo do processo, a inocência de Antonio será devidamente comprovada”, disseram eles em nota.