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A taxa do título do Tesouro IPCA+ de curto prazo atingiu a máxima em um ano, nesta terça-feira (23). Na última atualização, às 13h (horário de Brasília), o site do Tesouro Direto registrava um prêmio de 6,12% mais a inflação. A última vez que essa taxa havia sido atingida foi em março de 2023.

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Nos últimos dias, os títulos de renda fixa têm renovado suas taxas, conforme o mercado enxerga mais risco para os investimentos. O Tesouro IPCA+ 2029, dos 6,12%, começou o mês oferecendo um juro real de 5,75%.

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Outros títulos de inflação acompanharam o movimento. O Tesouro IPCA+ 2035 saiu de 5,86% em 1º de abril, para 6,03%. A última vez que ele esteve neste nível foi em abril de 2023.

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E não são apenas os títulos de inflação que abriram as taxas nos últimos tempos. Os prefixados estão próximos de 1% ao mês, maior prêmio desde a emissão dos papéis, no começo deste ano. O Prefixado 2027 atingiu um recorde de 11,10% em 17 de abril. Nesta terça, está em 10,85%.

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Um dos motivos para a revisão altista são os juros dos Estados Unidos. Desde janeiro, o mercado tem postergado sua estimativa de corte dos juros pelo banco central americano, com os dados de emprego e consumo indicando que a economia segue forte, com riscos de repique de inflação.

Diante de tal cenário, a possibilidade de corte foi adiada de março para junho, e agora já se especula que o corte possa acontecer em meados do segundo semestre.

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Nesta terça, os economistas e analistas brasileiros também renovaram suas perspectivas de juros mais altos por aqui, conforme publicação do Boletim Focus. A expectativa atual é de que a Selic feche o ano de 2024 em 9,50%. Na semana anterior, a revisão altista tinha sido de 9% para 9,13%. Foram duas semanas de alta na estimativa, depois de 18 semanas de taxa estável.  

Um agravante no boletim desta semana foi a revisão da Selic em 2025: de 8,5% por 19 semanas consecutivas para 9,0%.