Patrocinado

A campanha de fim de ano da Havaianas, estrelada pela atriz Fernanda Torres, transformou-se em um caso de repercussão política e financeira. O vídeo, pediu para não “começar o ano com o pé direito”, foi interpretado como uma provocação ideológica, desencadeando uma onda de boicotes à marca.

AINDA: Banqueiro Daniel Vorcaro e os vínculos com a Super Empreendimentos: entre imóveis milionários e conexões empresariais

O impacto não ficou restrito às redes sociais. As ações da Alpargatas S.A., controladora da Havaianas, registraram queda de 3,2% na B3, o que representou uma perda aproximada de R$ 200 milhões em valor de mercado. A empresa, que valia cerca de R$ 7,3 bilhões, viu sua capitalização reduzir em poucas horas após a polêmica.

Após o boicote a empresa apagou o vídeo de suas redes sociais.

MAIS: Senador denuncia atuação ilegal do STF no Parlamento brasileiro e diz que “defesa da democracia virou desculpa para qualquer canalhice”

Investimento publicitário

  • O valor oficial da campanha não foi divulgado pela Alpargatas (ALPA4).
  • Especialistas em marketing estimam que campanhas nacionais com celebridades de grande porte, como Fernanda Torres, custem entre R$ 5 milhões e R$ 15 milhões, considerando cachê, produção e veiculação.
  • O investimento, pensado para reforçar a presença da marca no período de maior consumo, acabou gerando repercussão negativa.

LEIA: Ministro do TCU intervém no Banco Central em favor do Banco Master responsável por prejuízo histórico ao sistema financeiro

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo faça parte da lista Vip Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News. Nosso canal no Whatsapp

AINDA: Joesley Batista quer definir novo presidente da CVM que já participou de processos da JBS na autarquia

Reação do mercado

  • A queda das ações foi atribuída diretamente ao risco reputacional e à possibilidade de perda de participação de mercado diante da campanha de boicote.
  • Concorrentes como Ipanema foram citados por apoiadores da direita como alternativa de consumo, aumentando a pressão sobre a Havaianas.
  • Analistas destacam que, embora o impacto imediato seja relevante, o efeito de médio prazo dependerá da capacidade da empresa em reverter a narrativa e recuperar a confiança dos consumidores.

MAIS: Senador denuncia atuação ilegal do STF no Parlamento brasileiro e diz que “defesa da democracia virou desculpa para qualquer canalhice”

Contexto político

  • Parlamentares como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Nikolas Ferreira (PL-MG) incentivaram o boicote publicamente.
  • Empresários como Luciano Hang, dono da Havan, também aderiram à campanha contra a marca.
  • Vídeos de consumidores queimando ou rasgando chinelos da Havaianas viralizaram nas redes sociais, ampliando a percepção de crise.

SAIBA: Flávio Bolsonaro intensifica articulações políticas com setor financeiro em encontro com André Esteves

O caso da Havaianas mostra como uma campanha publicitária pode se transformar em um evento de risco financeiro. O investimento milionário em marketing acabou resultando em uma perda imediata de R$ 200 milhões em valor de mercado, além de desgaste reputacional. A polêmica evidencia como o posicionamento político no Brasil pode impactar diretamente empresas de consumo e seus acionistas.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada