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Em depoimento à Polícia em São Paulo, o contador João Muniz Leite admitiu que, durante cinco anos, teve entre seus clientes um dos principais traficantes de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC): Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta ou Magrelo.

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Ele o conhecia apenas pelo nome de Eduardo Camargo de Oliveira, identidade falsa que, de acordo com a polícia, o criminoso usava para comprar empresas e lavar parte do dinheiro do narcotráfico. As informações são do Estadão.

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João Muniz Leite já prestou serviços de contabilidade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao filho dele, Lulinha. Ele era considerado homem de confiança do advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula.

O contador chegou a ser ouvido, pelo então juiz Sergio Moro, como testemunha durante a Operação Lava Jato no processo do caso do tríplex em Guarujá.

Já o criminoso Cara Preta foi assassinado em dezembro de 2021, na capital paulista, ao lado de seu motorista, Antonio Corona Neto, conhecido como Sem Sangue.

As revelações de Muniz Leite estão em um depoimento sigiloso à polícia. Ele também contou que ganhou 250 vezes em loterias.

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