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Contas verificadas de corretoras cripto estão a venda na dark web. Um relatório publicado pela Privacy Affairs na semana passada aponta para uma explosão no preço de contas verificadas em corretoras de criptomoedas vendidas ilegalmente na dark web.

Reunindo produtos de diversas áreas, como cartões de crédito, contas bancárias, serviços de streaming e documentos falsos, a nota aponta que contas ligadas ao setor cripto foram as únicas que apresentaram valorização no último ano.

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O motivo, segundo a Privacy Affairs, pode estar ligado ao mercado de baixa, que espantou pessoas mais leigas. Ou seja, os hackers estariam com dificuldade em obter novas contas. Oferta e demanda.

Com a regulamentação batendo forte no setor de criptomoedas nos últimos anos, quase todas as corretoras precisaram implementar sistemas de verificação de identidade (KYC) para cumprir leis relacionadas ao combate a lavagem de dinheiro e ao terrorismo.

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Dado isso, hackers focam nessas contas verificadas para vendê-las em mercados clandestinos.

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Quanto aos motivos que levam alguém a comprar tais contas, eles podem ser os mais variados. Como exemplo, um caso onde um único golpista criou 114 criptomoedas em apenas 45 dias, transferindo seu lucro para uma conta da corretora Coinbase. Ou seja, uma conta roubada poderia lhe ajudar nesta situação para ocultar sua identidade.

Além disso, golpistas podem encontrar saldos parados na corretora, ou então aguardar que a vítima realize um depósito em sua conta.

“As contas [em corretoras de] criptomoedas foram a única categoria que vimos ter experimentado um aumento”, escreveu a Privacy Affairs.

Contas na Kraken foram as que mais valorizaram, cerca de 4 vezes, saltando de US$ 250 para US$ 1.170 em apenas um ano. Outras famosas como Coinbase, Crypto.com e Blockchain.com também aparecem na lista.

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As únicas com desvalorização foram as contas da LocalBitcoins. O motivo está ligado ao fechamento da corretora em fevereiro deste ano. Ou seja, exceto se os compradores estejam interessados nos dados das vítimas, as contas não possuem utilidade.

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Nesta semana, uma operação internacional prendeu 288 pessoas ligadas ao tráfico de drogas e outros crimes na dark web. A guerra contra essa indústria é antiga, sendo o caso da Silk Road o maior exemplo.

No entanto, a Privacy Affairs aponta que esses mercados ilegais não devem sumir em breve. O mesmo acontece com a compra e venda de contas de corretoras de criptomoedas.

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“Os preços das contas hackeadas [de corretoras de] criptomoedas ainda permanecem, em geral, os mais altos entre todas as contas online hackeadas. Isso indica que hackear essas contas ainda é extremamente lucrativo.”