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Crise dos alugueis compartilhados faz fundos imobiliários buscarem despejo contra WeWork

Com inúmeros negócios sendo fechados e tentando reduzir custo. Até os escritórios compartilhados estão em crise no Brasil. E desta forma a lista de calotes da WeWork está longa.

Ela atua no setor de locação comercial compartilhada, uma forma que empresas e profissionais liberais usam para baixar custo dos negócios. Entretanto, até estes estão em crise.

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A empresa também vem acumulando pedidos de despejos e, nesta quarta-feira (4), se tornou alvo de mais uma ação. O fundo imobiliário Vinci Offices (VINO11) informou ao mercado que obteve uma liminar na Justiça contra a companhia devido à inadimplência de aluguéis.

A WeWork loca um dos imóveis do FII localizado na Rua Oscar Freire, na cidade de São Paulo. De acordo com o comunicado, a empresa deixou de pagar os aluguéis que venceram em junho, julho e agosto deste ano.

O fundo imobiliário já havia informado na última sexta-feira (30) sobre o ajuizamento da ação na Justiça. No entanto, até o momento, a WeWork afirmava desconhecer qualquer processo de despejo.

Agora, com a liminar, a empresa tem 15 dias para quitar as dívidas com o Vinci Offices. Em caso de não pagamento, a WeWork deverá desocupar o imóvel dentro do prazo de 15 dias, a partir da data de intimação.

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De acordo com o documento divulgado na manhã desta quarta-feira (4), a decisão judicial foi decretada ontem, em 3 de setembro.

O VINO11 não revelou o impacto do calote nos dividendos, mas o contrato da WeWork representa cerca de 5% das receitas totais do Vinci Offices e cerca de 4% da área bruta locável do portfólio.

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Desde o primeiro atraso da empresa de escritórios flexíveis em junho, o FII afirma ter realizado notificações extrajudiciais questionando a inadimplência.

Além disso, em agosto, o Vinci Offices realizou uma reunião com representantes da Alvarez & Marsal, consultoria mobilizada pela WeWork.

Após o encontro, a companhia teria proposto a devolução do imóvel, desde que o fundo aceitasse renunciar ao direito de exigir penalidades previstas em contrato em caso de entrega antecipada.

Na época, o VINO11 recusou a oferta e informou que recorreria à Justiça para a resolução da questão.

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“Com o objetivo de preservar direito de seus cotistas, a gestão do fundo recusou a proposta e optou por exigir junto ao poder judiciário o cumprimento das obrigações previstas no contrato de locação”, citou em comunicado.

Não é apenas o VINO11 que decidiu ir à Justiça contra a WeWork. Nesta terça-feira (3), a empresa HBR Realty também entrou com uma ação para retirar a empresa do HBR Corporate Faria Lima, um prédio localizado em São Paulo.

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Além deles, o Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11) anunciou na última semana que pretende despejar a WeWork, após entrar no terceiro mês consecutivo sem receber o aluguel.

A empresa atualmente aluga o empreendimento Girassol 555 da Rio Bravo, localizado na Vila Madalena, na cidade de São Paulo. Como o ativo representa 9,5% da receita do fundo, a inadimplência resulta em um impacto negativo de R$ 0,11 por cota na receita mensal.

Segundo a gestão do RCRB11, depois de discussões “infrutíferas” em uma negociação extrajudicial com a Alvarez & Marsal, o fundo contratou um assessor legal para “defender os direitos dos proprietários do imóvel” e abrir duas ações contra a locatária.

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