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Neri Geller, ex-secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, declarou que a organização dos leilões para a importação de arroz partiu da Casa Civil e do ministro Carlos Fávaro (Agricultura) e negou que tenha pedido demissão em entrevista à BandNews nesta quarta-feira 12. Geller teve sua demissão assinada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). Pelas redes sociais o escândalo que veio à tona como o leilão de arroz forçado de Lula é chamado de “arrozão”, em alusão aos antigo escândalos de corrupção do PT como mensalão, petrolão e outros.

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O leilão de 263 mil toneladas que ocorreu na semana passada foi anulado na terça-feira 11, Geller afirmou que o certame foi mal organizado e politizado por parte da oposição em um momento difícil do Rio Grande do Sul” porque o ministério tinha a informação de que 78% da produção de arroz do Rio Grande do Sul já havia sido colhida e armazenada. Além de que “boa parte das plantações que faltavam ser colhidas” estava fora da faixa de inundação.

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De acordo com o ex-secretário, a decisão de importar 300 mil toneladas foi da Casa Civil junto com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “100 mil toneladas eram aceitáveis, inclusive por parte do setor. Cancelaram, já começou a dar confusão ali. E depois acabaram fazendo esse de 300 mil toneladas que eu acho que o presidente Lula [Luiz Inácio Lula da Silva (PT)] tem razão, foi mal conduzido do ponto de vista político”, disse Geller.

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O ex-secretário declarou que os critérios técnicos não foram seguidos e que era preciso analisar qual foi efetivamente a perda de arroz, qual o nível de estoques em outros grandes centros e quanto a logística de transporte foi prejudicada. “Essa parte aí foi meio atropelada, a verdade é essa”, disse. E finalizou: “[o governo] deveria ter ouvido mais o setor”.

“Infelizmente foi conduzido de forma equivocada, não estou falando em nenhum momento que teve má fé de ninguém, mas foi mal conduzido em momentos de egos aguçados”, disse Geller.

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