Nesta sexta-feira (20), o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), marido da deputada federal Sâmia Bonfim do mesmo partido, foi detido por policiais militares após uma confusão entre os agentes da segurança e os alunos que fazem a ocupação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
A Justiça autorizou o uso da força policial para retirar os estudantes que ocupam o principal campus da instituição, após ter passado o prazo de 24 horas dado para que eles deixassem o local.
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Os estudantes estão há 56 dias ocupando a reitoria e os edifícios da universidade em protesto contra mudanças nas regras para a concessão de bolsas e auxílios de assistência estudantil.
A juíza Luciana Lopes, da 13ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), autorizou o “uso de força policial suficiente e necessária” para a desocupação total dos prédios da UERJ.
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Ela também estabeleceu uma multa diária de R$ 10 mil para os réus citados na ação de reintegração de posse da reitoria, que incluem quatro estudantes e um servidor da universidade. Para assegurar o pagamento, a magistrada ordenou o bloqueio desse valor nas contas bancárias dos envolvidos.
Glauber Braga pode ter seu mandato cassado
Por 10 votos favoráveis e 2 contrários, o Conselho de Ética aprovou na quarta- feira 11, parecer preliminar que instaura o processo de cassação do deputado Glauber Braga (Psol-RJ) por quebra de decoro. O congressista foi acusado pelo Partido Novo de expulsar da Câmara com chutes e pontapés o integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) Gabriel Costenaro, em 16 de abril de 2024.
A decisão do Conselho de Ética segue para votação aberta no plenário da Câmara, podendo resultar em arquivamento, perda de mandato, suspensão temporária ou em outras decisões, como censura oral ou escrita. A cassação exige votos da maioria absoluta dos deputados, ou seja, de pelo menos 257 dos 513.
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“O comportamento do deputado Glauber ao longo do seu mandato depõe contra ele“, declarou o relator da ação, Paulo Magalhães (PSD-BA), que deu parecer favorável à admissibilidade do processo.
a decisão de Magalhães, pesaram as acusações do deputado do Psol contra o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), feitas durante sessão no Conselho de Ética, em 28 de agosto. Na ocasião, Glauber afirmou que Lira era um “bandido” e era vítima de sua “perseguição política“.
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Glauber disse ainda que Magalhães era um “intermediário direto” de Lira, a quem atribuiu a motivação de cassar o seu mandato. O congressista declarou que sofre perseguiçāo do presidente da Câmara por “denunciar“ suas supostas ilicitudes. “Não posso e não vou me calar em relação as ações do sr. Arthur Lira e o que ele faz com o Brasil. Se ele tenta cassar o meu mandato e articula a ação pensando que isso servirá como instrumento de chantagem para que eu fique calado, será exatamente o contrário”, afirmou.