Após ser alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (25), o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) se pronunciou sobre o caso em um vídeo publicado em suas redes sociais. Em sua fala, o político citou o fato de as buscas terem sido realizadas a apenas dois dias do segundo turno das eleições municipais.
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– Esse é o Brasil que a gente está vivendo agora, é surreal o que estamos vivendo. Onde isso vai parar? Vieram na minha casa, levaram meu celular, HD, meu SSD. Essa democracia relativa está custando caro para o nosso país. Alexandre de Moraes determinou essa busca e apreensão agora, aqui no documento não fala o porquê. Numa sexta-feira, sendo que a eleição é no domingo – disse.
O político relatou que diversos assessores dele também foram atingidos pela operação e que a Polícia Federal confiscou seu celular, um HD externo e um cabo USB. Gayer negou ter cometido qualquer crime, mas relatou que, ainda assim, está “sendo tratado igual a um criminoso” pela PF.
– Eu nunca fiz nada de errado, nunca cometi nenhum crime e estou sendo tratado igual a um criminoso pela nossa Polícia Federal e pelo Alexandre de Moraes – afirmou Gayer.
O parlamentar também relatou estar decepcionado com a atuação da Polícia Federal atualmente, pois, segundo ele, os agentes da corporação se tornaram “jagunços de um ditador”.
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– Eu falei para a PF que estava aqui. Não estou acreditando que essa corporação que a gente tanto admirou, que a gente tanto tentou proteger, hoje viraram jagunços de um ditador. Sinceramente, esse é o momento que a gente começa a perder a esperança, mesmo – apontou.
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Em nota, o congressista ainda protestou contra o momento escolhido para a operação, já que, de acordo com ele, atos judiciários realizados neste momento podem interferir na política local. Gayer tem sido um dos principais cabos eleitorais de Fred Rodrigues, nome do PL que disputa o segundo turno pela Prefeitura de Goiânia (GO) contra Sandro Mabel (União Brasil).
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– Já estamos providenciando a habilitação nos autos, que poderá ser admitida somente por Alexandre de Moraes, sem prazo certo e determinado. Entendemos que ações deste tipo não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral, posto que atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões – finalizou.