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Direita cresce na Europa com vitória na eleição Espanhola. Com 99% das urnas apuradas, o partido de direita PP (Partido Popular), liderado por Alberto Núñes Feijóo, venceu as eleições gerais na Espanha.

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Porém, não conseguiu formar maioria e precisa negociar uma coalizão para governar. Para isso, são necessárias 176 cadeiras no Parlamento. Até o momento, o PP tem 136, enquanto seu aliado de direita Vox conquistou outras 33. Com isso, os partidos têm, juntos, 169 assentos e precisarão atrair ao menos 7 cadeiras para oficializar a vitória.

O atual governo do atual premiê, Pedro Sánchez, foi formado a partir das eleições de novembro de 2019. Consiste em uma coalizão de esquerda entre o PSOE e a coligação Unidas Podemos.

A coalização se deu porque o partido de Sánchez não conseguiu maioria absoluta para eleger sozinho um candidato a primeiro-ministro, precisando se unir ao Podemos. Essa foi a 1ª coalizão governamental formal na política espanhola desde o fim do franquismo, em 1975.

Com 47,2 milhões de habitantes, a Espanha tem um PIB (Produto Interno Bruto) per capita de € 24.580 –inferior ao da UE (União Europeia), de € 28.840.

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Como é a votação para o parlamento na Espanha?

O pleito colocou em disputa as 350 cadeiras do Congresso dos Deputados, assim como 208 das 265 cadeiras do Senado. No sistema parlamentar espanhol, os partidos políticos apresentam uma lista de candidatos a deputados.

Os eleitores votam nas legendas. Depois das eleições, verifica-se a proporção de votos que cada sigla recebeu e chega-se ao número de cadeiras que serão ocupadas pelo partido. A exceção são os senadores, únicos eleitos por voto direto.

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Conheça Alberto Nuñes Feijóo o vencedor da eleição na Espanha

Alberto Núñez Feijóo é um político conservador de 61 anos. Formado em direito, autodefine-se como um “tecnocrata chato”. Entre suas promessas de campanha estão um forte apoio à União Europeia, à Ucrânia e à América Latina.

É defensor da “autonomia estratégica” da Europa, que daria ao continente independência em setores como defesa e tecnologia. Por ser um político moderado, Feijóo ganhou quatro eleições consecutivas na Galiza, uma região majoritariamente rural e conservadora. Hoje, atua como senador no Parlamento espanhol.

Com sua vitória, além do governo do país, Feijóo assumirá a presidência semestral do Conselho da UE, iniciada por Sánchez em 1º de julho.

Esquerdista antecipou eleições após fraco desempenho nos pleitos regionais

As eleições na Espanha estavam previstas inicialmente para dezembro de 2023. Em 29 de maio, porém, Sánchez decidiu antecipar o pleito. O primeiro-ministro justificou a decisão com o fraco desempenho de sua coalizão de esquerda nas eleições locais e regionais.

Das 12 regiões autônomas da Espanha que estavam em jogo, 10 eram governadas pelo PSOE, mas só 4 permaneceram sob comando da sigla depois das eleições de 28 de maio. O PP levou a maioria. “Os espanhóis devem esclarecer quais forças políticas querem assumir a liderança”, disse o primeiro-ministro depois do anúncio dos resultados.

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O PSOE é o partido que governou a Espanha por mais tempo desde que o país teve suas primeiras eleições democráticas, em 1977, depois da morte do ditador Francisco Franco (1907-1975).

Em 40 anos de eleições livres, a Espanha era um dos únicos países na Europa onde ainda não havia a presença representativa de um partido populista de direita no Parlamento. Esse fenômeno, que ficou conhecido como “exceção espanhola”, chegou ao fim com a ascensão do Vox em 2018.

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