Patrocinado

O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, pressionado principalmente pelas ações da Petrobras (PETR4) na esteira do tombo do petróleo no exterior.

A China passou em 2023 com a gestão do governo Lula a ser o principal importador do Brasil, e assim os dados da China pesaram sobre os papéis da Vale (VALE3) e do Ibovespa como um todo, em meio a preocupações sobre o ritmo de crescimento do maior consumidor de minério de ferro do mundo. A China também comunicou que vai reduzir suas importações.

MAIS: Partido União Brasil se une aos governistas para impedir anistia aos presos de 08/01. De olho nas eleições municipais

Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.

AINDA: STF retira sigilo de contas bancárias dos brasileiros e “viola garantia constitucional de sigilo bancário”

Investidores da bolsa paulista ainda repercutiram dados de preços ao consumidor no Brasil, enquanto aguardam números de inflação nos Estados Unidos na quarta-feira. Mas o risco fiscal com o gasto desenfreado do governo Lula a cada dia mostra mais que a meta não será cumprida sem alguma manobra.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,17%, a 134.507,23 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 133.754,18 pontos na mínima e 134.737,68 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somava 16,72 bilhões de reais.

Ações em Destaque

NomeÚltimoVar. %Vol.
Azul PN4,22+3,69%51,19M
Vale ON56,00-1,20%17,53M
3R Petroleum ON21,45-2,28%6,18M
Petrobras PN37,33-1,66%37,17M
Americanas ON6,58-4,50%1

SAIBA: Lula substitui Ministro dos Direitos Humanos por acusada de superfaturamentos de itens escolares

Dólar sobe e desvaloriza ainda mais o Real

O dólar fechou a terça-feira em forte alta ante o real, superior a 1%, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas de exportadores de commodities no exterior, após a divulgação de dados fracos da economia chinesa.

O dólar à vista fechou em alta de 1,32%, cotado a 5,6552 reais.

Às 17h06, na B3 (B3SA3) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,14%, a 5,665 reais na venda.

LEIA: Apresentadora brasileira afirma que XP fez “aposta com deu dinheiro. Me prometeram internacionalização e perdi o dinheiro de uma vida”

A moeda norte-americana chegou a oscilar em baixa ante o real no início da sessão, mas ainda na primeira hora de negócios se firmou no território positivo, acompanhando o exterior. Por trás do movimento estavam receios em torno da economia da China, maior comprador de commodities do mundo e um dos principais destinos dos produtos brasileiros.

O país asiático informou nesta terça que suas importações cresceram apenas 0,5% em agosto, abaixo da expectativa de alta de 2% e do avanço de 7,2% em julho, o que impactou negativamente os preços do minério de ferro — um dos principais itens da pauta exportadora brasileira. O petróleo também sustentava perdas firmes.

“O cenário global de incertezas persiste, e a queda nas importações chinesas pressiona os preços das commodities, afetando as economias emergentes”, disse Diego Costa, head de câmbio da B&T Câmbio, em comentário enviado a clientes. Ele chamou a atenção para o avanço firme do dólar ante as divisas de países emergentes.

Neste cenário, após registrar a cotação mínima de 5,5692 reais (-0,22%) às 9h04, pouco depois da abertura, o dólar à vista escalou até a máxima de 5,6688 reais (+1,56%) às 15h15.

MAIS: Funcionário da XP afirma ter sido obrigado a vender investimento ao pai que gerou prejuízo superior a R$ 15 milhões

No caso específico do Brasil, a alta do dólar também foi amparada pela percepção de que o Banco Central elevará a Selic em 25 pontos-base na próxima semana — e não em 50 pontos-base. Atualmente a Selic está em 10,50% ao ano.

Pela manhã, antes da abertura dos negócios, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA teve deflação de 0,02% em agosto, após inflação de 0,38% em julho. Foi a primeira taxa negativa desde junho de 2023 (-0,08%). O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters com economistas, de inflação de 0,01%. Em 12 meses até agosto, o IPCA acumulou alta de 4,24%, ante 4,50% em julho e expectativa de 4,29%.

VEJA: Viagem de Lula e comitiva para Nova York vai custar mais de R$ 8 milhões aos cofres públicos

De fato, a curva de juros brasileira passou a precificar nesta terça-feira chances ainda maiores de alta de 25 pontos-base da Selic, com probabilidade reduzida de aumento de 50 pontos-base.

No exterior, no fim da tarde o dólar seguia em alta firme ante moedas pares do real como o peso mexicano e o peso chileno. No entanto, o dólar estava perto da estabilidade ante as moedas fortes.

Às 17h22, O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes — caía 0,03%, a 101,620.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.

Receba conteúdo exclusivo sobre os temas de seu interesse! Confirme em sua caixa de e-mail sua inscrição para não perder nada