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Dólar sobe forte e Ibovespa recua na contramão do exterior

Dólar tem maior histórica bancos queda em uma semana e fecha a R$5,37

O Ibovespa fechou em queda nesta terça-feira, pressionado principalmente pelas ações da Petrobras (PETR4) na esteira do tombo do petróleo no exterior.

A China passou em 2023 com a gestão do governo Lula a ser o principal importador do Brasil, e assim os dados da China pesaram sobre os papéis da Vale (VALE3) e do Ibovespa como um todo, em meio a preocupações sobre o ritmo de crescimento do maior consumidor de minério de ferro do mundo. A China também comunicou que vai reduzir suas importações.

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Investidores da bolsa paulista ainda repercutiram dados de preços ao consumidor no Brasil, enquanto aguardam números de inflação nos Estados Unidos na quarta-feira. Mas o risco fiscal com o gasto desenfreado do governo Lula a cada dia mostra mais que a meta não será cumprida sem alguma manobra.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 0,17%, a 134.507,23 pontos, de acordo com dados preliminares, tendo marcado 133.754,18 pontos na mínima e 134.737,68 pontos na máxima do dia. O volume financeiro somava 16,72 bilhões de reais.

Ações em Destaque

NomeÚltimoVar. %Vol.
Azul PN4,22+3,69%51,19M
Vale ON56,00-1,20%17,53M
3R Petroleum ON21,45-2,28%6,18M
Petrobras PN37,33-1,66%37,17M
Americanas ON6,58-4,50%1

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Dólar sobe e desvaloriza ainda mais o Real

O dólar fechou a terça-feira em forte alta ante o real, superior a 1%, acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas de exportadores de commodities no exterior, após a divulgação de dados fracos da economia chinesa.

O dólar à vista fechou em alta de 1,32%, cotado a 5,6552 reais.

Às 17h06, na B3 (B3SA3) o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,14%, a 5,665 reais na venda.

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A moeda norte-americana chegou a oscilar em baixa ante o real no início da sessão, mas ainda na primeira hora de negócios se firmou no território positivo, acompanhando o exterior. Por trás do movimento estavam receios em torno da economia da China, maior comprador de commodities do mundo e um dos principais destinos dos produtos brasileiros.

O país asiático informou nesta terça que suas importações cresceram apenas 0,5% em agosto, abaixo da expectativa de alta de 2% e do avanço de 7,2% em julho, o que impactou negativamente os preços do minério de ferro — um dos principais itens da pauta exportadora brasileira. O petróleo também sustentava perdas firmes.

“O cenário global de incertezas persiste, e a queda nas importações chinesas pressiona os preços das commodities, afetando as economias emergentes”, disse Diego Costa, head de câmbio da B&T Câmbio, em comentário enviado a clientes. Ele chamou a atenção para o avanço firme do dólar ante as divisas de países emergentes.

Neste cenário, após registrar a cotação mínima de 5,5692 reais (-0,22%) às 9h04, pouco depois da abertura, o dólar à vista escalou até a máxima de 5,6688 reais (+1,56%) às 15h15.

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No caso específico do Brasil, a alta do dólar também foi amparada pela percepção de que o Banco Central elevará a Selic em 25 pontos-base na próxima semana — e não em 50 pontos-base. Atualmente a Selic está em 10,50% ao ano.

Pela manhã, antes da abertura dos negócios, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA teve deflação de 0,02% em agosto, após inflação de 0,38% em julho. Foi a primeira taxa negativa desde junho de 2023 (-0,08%). O resultado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters com economistas, de inflação de 0,01%. Em 12 meses até agosto, o IPCA acumulou alta de 4,24%, ante 4,50% em julho e expectativa de 4,29%.

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De fato, a curva de juros brasileira passou a precificar nesta terça-feira chances ainda maiores de alta de 25 pontos-base da Selic, com probabilidade reduzida de aumento de 50 pontos-base.

No exterior, no fim da tarde o dólar seguia em alta firme ante moedas pares do real como o peso mexicano e o peso chileno. No entanto, o dólar estava perto da estabilidade ante as moedas fortes.

Às 17h22, O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes — caía 0,03%, a 101,620.

Pela manhã o Banco Central vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão para rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.

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