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O dólar à vista disparou mais de 1% contra o real nesta segunda-feira, na esteira dos ganhos da divisa norte-americana ante moeda emergentes, uma vez que investidores fugiram de ativos de riscos.

Já no cenário doméstico, a preocupação do mercado continua sendo a trajetória das contas públicas, com investidores receosos sobre quais medidas o governo pode adotar para reduzir a inflação dos alimentos e responder à queda recente de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Si

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O governo anunciou na semana passada que vai zerar a alíquota de importação de vários produtos, incluindo carne, café, açúcar e milho, como parte de uma série de medidas para reduzir os preços de alimentos.

Pela manhã o Banco Central vendeu a oferta total de 20.000 contratos de swap cambial tradicional para fins de rolagem do vencimento de 1º de abril de 2025.

O dólar à vista fechou em alta de 1,13%, a R$5,8549.

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Às 17h11, na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 1,16%, a R$5,881 na venda.

Na sexta-feira, o relatório de emprego de fevereiro já havia acendido um alerta entre investidores, com os EUA registrando a criação de 151.000 postos de trabalho no mês passado, de 125.000 vagas em janeiro, em dado revisado para baixo. Em pesquisa da Reuters, havia previsão de abertura de 160.000 empregos.

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Os agentes financeiros também vinham demonstrando pessimismo com várias pesquisas recentes que relataram uma deterioração da confiança e das perspectivas econômicas de consumidores e empresários, em meio às crescentes tensões comerciais provocadas pelas ameaças tarifárias de Trump.

Mas foram comentários de Trump no fim de semana que confirmaram de vez o pessimismo dos mercados, gerando a aversão ao risco observada nesta sessão.

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Em entrevista concedida à Fox News, que foi ao ar no domingo, Trump evitou prever se os EUA podem passar por uma recessão devido ao impacto de suas prometidas tarifas sobre Canadá, México e China.
Ele afirmou que o país passará por um “período de transição” devido às ações que seu governo está tomando, mas disse acreditar que as consequências serão positivas no final.

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A demonstração de incerteza pelo próprio presidente em relação aos impactos de suas medidas comerciais agitou os mercados nesta segunda, com investidores temendo o pior pela economia norte-americana caso tarifas sejam amplamente aplicadas em meio a uma atividade econômica em desaceleração.

Às 17h11, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — subia 0,25%, a 103,930.

“As moedas emergentes e os ativos de risco em geral estão sendo liquidados diante da possibilidade de recessão nos EUA. Junto à fragilidade das questões domésticas, o real se destaca como uma das piores moedas no cenário atual.

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O dólar chegou a atingir R$5,8722 (+1,43%) na máxima do dia, às 16h11. A mínima da sessão foi alcançada nas primeiras horas da sessão, a R$5,7727 (-0,29%), às 11h53.

Agentes financeiros ainda demonstram cautela ao tentar projetar os próximos passos do Federal Reserve em seu ciclo de afrouxamento monetário.

Na sexta-feira, em discurso em uma conferência, o chair do Fed, Jerome Powell, disse que o banco central será cauteloso para ter certeza de que sabe o que está acontecendo no país, sem necessidade de apressar qualquer corte nos juros.

Operadores continuam apostando em três cortes na taxa de juros pelo Fed neste ano, com a retomada das reduções prevista para junho.

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