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O dólar à vista encerrou a sessão em alta firme, no maior patamar de fechamento desde o dia 30 de março de 2021. O motivo da desvalorização forte do real hoje seria o mau humor de investidores globais com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não há previsão para anúncio de cortes de gastos do governo Lula, o que frustrou os agentes.

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Terminadas as negociações, o dólar comercial encerrou em alta de 0,92%, cotado a R$ 5,7610, no maior patamar desde 30 de março de 2021, quando fechou a R$ 5,7614. A mínima do dia foi de R$ 5,6979 e a máxima de R$ 5,7666.

Já o euro comercial teve valorização de 0,90%, a R$ 6,2303. Perto do fechamento, o dólar avançava 1,01% ante o peso chileno e 0,95% contra o peso colombiano. Já contra o peso mexicano a alta era de 0,27%.

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Juros futuros sobem com falas de Haddad sobre fiscal

Os juros futuros encerraram o pregão desta terça-feira (29) em alta firme, especialmente nos vértices intermediários e longos da curva a termo.

O mau desempenho do real frente ao dólar abriu espaço para a abertura das taxas no começo da tarde, movimento que se intensificou após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, causar certa frustração no mercado em relação às medidas de corte de gastos do governo, aguardado com ansiedade pelos investidores.

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Assim, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento de janeiro de 2026 terminou a sessão em alta de 12,71%, do ajuste anterior, para 12,74%; a do DI de janeiro de 2027 subiu de 12,835% a 12,91%; a do DI de janeiro de 2029 foi de 12,85% a 12,945% e a do DI de janeiro de 2031 teve avanço de 12,805% para 12,88%.

Nos Estados Unidos, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) fecharam em queda, com pressão do fraco relatório Jolts de setembro, que trouxe de volta à tona a perspectiva de desaquecimento do mercado de trabalho americano. A taxa da T-note de dez anos recuou de 4,286% a 4,259%.

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Ibovespa reverte alta e termina o dia em queda

O Ibovespa fechou com um declínio nesta terça-feira, em mais uma sessão de volume financeiro abaixo da média, com agentes financeiros à espera de medidas fiscais prometidas pelo governo, enquanto Santander Brasil recuou mais de 5% após resultado trimestral e visão conservadora para expansão do crédito.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,37%, a 130.729,93 pontos, após avançar a 131.764,7 pontos na máxima e recuar a 130.693,36 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou 17,12 bilhões de reais, de uma média diária de 23,5 bilhões de reais no ano.

“O mercado aguarda ansiosamente medidas de cortes de gastos para equilibrar as contas públicas”, afirmou Willian Queiroz, sócio e advisor da Blue3, acrescentando, porém, que o mercado está preferindo adotar posições mais cautelosas.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que o conjunto de medidas de contenção de gastos a ser apresentado pela área econômica do governo ainda está em análise pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e não há uma data para ser divulgado.

Haddad e outros integrantes da equipe econômica afirmaram anteriormente que trabalham na elaboração de um pacote para fortalecer o arcabouço fiscal, com um foco principalmente nas despesas, ponto que tem causado desconfiança de analistas sobre a capacidade do governo de honrar seus compromissos fiscais.

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No exterior, Wall Street teve um encerramento misto, com o S&P 500 subindo 0,16% e o Nasdaq avançando 0,78%, enquanto o Dow Jones recuou 0,36%, em um pregão volátil, com investidores digerindo uma série de balanços corporativos e aguardando os números da Alphabet (NASDAQ:GOOGL).

Ações em destaque

SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) caiu 5,13%, após balanço do terceiro trimestre, com o CEO afirmando que o banco deve continuar nos próximos trimestres com uma postura conservadora na expansão de sua carteira de crédito, em meio aos esforços do banco para ganhar rentabilidade e diante dos sinais de piora do ambiente macroeconômico do país.

  • ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) cedeu 1,06%, enquanto BRADESCO PN (BBDC4) perdeu 1,45% e BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) recuou 0,57%.
  • VALE ON (VALE3) caiu 0,35%, em dia de baixa dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado em Dalian encerrou as negociações diurnas em queda de 0,77%, a 777,5 iuanes (108,89 dólares) a tonelada.
  • PETROBRAS PN (PETR4) recuou 0,22%, com agentes repercutindo dados de produção e vendas da estatal do terceiro trimestre, enquanto a CEO estimou que a produção tem uma tendência de crescimento em 2025 com a entrada em operação de plataformas relevantes já a partir deste ano. No exterior, o barril de petróleo Brent fechou em baixa de 0,42%.
  • AZUL PN (AZUL4) perdeu 4,58%, após disparar quase 14% na véspera, na esteira de acordo com credores para obter financiamento adicional.
  • MARFRIG ON (MRFG3) avançou 2,98%, tendo de pano de fundo anúncio da véspera de que recebeu 5,68 bilhões de reais com a conclusão da venda para unidade da Minerva de instalações de abate de bovinos e ovinos na Argentina, Brasil e Chile. O negócio também contemplava ativos do Uruguai, mas esses ativos ainda não tiveram autorização para venda por autoridades do país. MINERVA ON (BEEF3) subiu 3,02%.

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