O prejuízo da Eletrobras (ELET3; ELET4; ELET6) no primeiro trimestre de 2025 somou R$ 81 milhões. Um ano antes, no mesmo período, a empresa havia registrado lucro líquido ajustado de R$ 447 milhões. A queda foi provocada, principalmente, por um ajuste contábil: a reversão de R$ 952 milhões relacionada à revisão tarifária de contratos da Chesf.
Esse fator isolado foi suficiente para reverter o desempenho financeiro da companhia, mesmo com avanço na receita líquida e redução da dívida.
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Revisão contratual da Chesf gerou o prejuízo da Eletrobras?
De acordo com a Eletrobras, a revisão dos valores pagos pelos contratos de transmissão da Chesf provocou o ajuste que derrubou o resultado. O efeito foi contábil, mas impactou diretamente o lucro.
A receita líquida ajustada da empresa, por outro lado, cresceu 19,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024, alcançando R$ 10,41 bilhões.
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A Eletrobras registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 81 milhões no primeiro trimestre de 2025, revertendo o lucro de R$ 447 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. Considerando o resultado não ajustado, o prejuízo foi ainda maior, de R$ 354 milhões.
Apesar do avanço de 19,5% na receita líquida, que atingiu R$ 10,41 bilhões, e da redução de 3,8% na dívida líquida (para R$ 39,27 bilhões), o resultado negativo foi determinado por um fator contábil específico relacionado à Chesf (Companhia Hidro Elétrica do São Francisco).
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Influência da decisão regulatória do governo federal sobre a Chesf
O principal motivo do prejuízo foi um ajuste contábil de R$ 952 milhões decorrente de uma revisão feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na base regulatória de ativos da Chesf, subsidiária da Eletrobras. Essa revisão impactou diretamente os contratos de transmissão da Chesf, levando à reversão de receitas que, até então, vinham sendo contabilizadas. O efeito foi essencialmente contábil, mas suficiente para reverter o desempenho financeiro da companhia, mesmo com indicadores operacionais positivos e disciplina financeira.
Em resumo, a decisão regulatória envolvendo a Chesf foi determinante para o prejuízo da Eletrobras no trimestre, já que o ajuste de quase R$ 1 bilhão superou o crescimento da receita e os ganhos de eficiência operacional obtidos pela empresa.
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Dívida menor ajuda a aliviar o impacto?
A empresa conseguiu reduzir sua dívida líquida ajustada em 3,8%, encerrando março em R$ 39,27 bilhões. Com isso, a alavancagem financeira caiu: a relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado passou de 2,2 para 1,5 vez em um ano.
Mesmo com o prejuízo da Eletrobras, o corte na dívida sinaliza disciplina financeira, o que pode favorecer o desempenho nos próximos trimestres. Já o Ebitda ajustado, indicador de geração operacional, registrou leve recuo de 2,5%, ficando em R$ 4,41 bilhões.