Eletrobras tem baixa nas ações por rumores de queda de torres. Foram informadas a queda de duas torres de transmissão de energia elétrica das concessionárias Furnas e Eletronorte, da Eletrobras (ELET3;ELET6).
Segundo boletim desta terça-feira (10) do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), além das ocorrências em empreendimentos da Eletrobras, também foi registrada na segunda-feira a queda de uma torre do Bipolo 2 do Complexo do Madeira, operado por uma transmissora do grupo Evoltz –em linha que vai de Rondônia a São Paulo.
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As ocorrências à infraestrutura da Eletrobras envolveram linhas no Paraná e em Rondônia. No caso paranaense, foi derrubada uma torre do Bipolo 2, que transmite energia gerada pela hidrelétrica Itaipu para o Sistema Interligado Nacional. Segundo o documento do ONS, também foram verificadas avarias em três outras torres do empreendimento.
As ações ELET6 se destacaram entre as quedas do Ibovespa na sessão desta terça-feira (10), fechando com baixa de 1,63%, a R$ 42,19 (com que chegou a ser de 3% mais cedo), em um dia positivo para o benchmark da Bolsa brasileira.
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Embora as opiniões de analistas sejam um tanto divergentes, eles entendem que a queda da ação pode se tratar mais de um ruído, uma vez que, até o momento, não houve interrupção no fornecimento de energia em nenhuma localidade. E o mercado segue aguardando posicionamento da empresa sobre o ocorrido.
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Contudo, se os acontecimentos ganharem maiores proporções, investidores vão começar a olhar quais são as consequências na capacidade de geração de receita e na despesa atrelada à correção de danos causados.
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Há ainda quem diga que para o setor, o fato reitera a robustez do Sistema Interligado Nacional (SIN), que tem como um de seus objetivos contribuir com a segurança energética do país em cenários como esse. Quando algumas linhas têm o funcionamento interrompido em casos de manutenção, sejam ocasionados por causas naturais ou até mesmo sabotagens, outras assumem e demonstram a flexibilidade do sistema.
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Outro ponto extremamente relevante para o valor dos papéis do setor é que o Itaú BBA fez um rebaixamento duplo nas ações de AES Brasil (AESB3) e de Auren Energia (AURE3), enquanto reiterou compra para Engie Brasil (EGIE3).
Os analistas incorporaram o menor risco hidrológico (GSF) para os próximos anos e curva de preços de energia, apontando que uma temporada de chuvas robusta e crescimento mais fraco na demanda de energia deve manter a pressão sobre os preços, enquanto o aumento na diversificação da matriz energética do país também reduz os riscos hidrológicos.
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