Habitantes de cidades do interior de Cuba estão enfrentando uma situação desesperadora neste momento devido à falta de alimentos e eletricidade, informou nesta quarta-feira (20) o site de notícias independente cubano Martí.
Um ativista que reside no interior da ilha, em uma cidade chamada Sagua de Tánamo, disse ao site cubano que atualmente no local “não há água” e “não há comida”.
“A população está morrendo de fome, isto é um deserto, e o governo não faz nada”, afirmou o ativista, cujo nome é Alfredo Álvarez Leyva.
SAIBA: Brasil tem recorde de pedidos de seguro-desemprego no 1º bimestre
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo pelo telegram Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui. Acompanhe-nos pelo Canal do Whastapp. Clique aqui.
LEIA: Rede de supermercados vai fechar mais de 60% das lojas
Outro ativista, chamado William Tamayo, disse que na província onde ele mora, Holguín, onde fica a cidade de Sagua de Tánamo, ainda não havia chegado nenhum novo mantimento para os armazéns.
“Não há alimentos e há muita desesperança na população, muito descontentamento”, disse ele.
O Ministério do Comércio do regime comunista de Cuba já chegou a admitir as dificuldades enfrentadas pela ilha em importar alimentos e combustíveis, bem como as falhas na distribuição de produtos de bens e serviços.
AINDA: Mercado financeiro desaprova governo Lula mais de 70% avaliam rumo errado
A crise energética que Cuba enfrenta neste momento tem resultado em apagões prolongados em várias cidades, e a escassez severa de alimentos desencadeou protestos e manifestações massivas nos últimos dias, onde as pessoas pediam por comida e liberdade.
Tais protestos já culminaram na prisão de várias pessoas e foram fortemente reprimidos pela polícia do regime de Miguel Díaz-Canel, segundo informações. Manifestante foram presos e a população pede por liberdade do regime comunista cubano.
A situação também é grave em outras cidades do interior, como San Andrés e Pinar del Río. Nessas localidades, a falta de eletricidade e alimentos é constante.
Martha Poveda, mãe de dois filhos e cuidadora de seu marido, que está doente, expressou ao Martí seu desespero diante da escassez na região.
MAIS: Governo Lula inflou custos da “revisão da vida toda” em mais de R$ 470 bilhões
“A vida que levamos aqui é de cachorro”, afirmou ela.
Um sociólogo identificado como Ángel Marcelo Rodríguez Pita, disse ao Martí que mesmo na capital da ilha, Havana, os apagões programados e o desabastecimento de produtos básicos são uma realidade.
Segundo Pita, a situação da escassez pode piorar ainda mais na ilha com a chegada do verão e o aumento das temperaturas, que pode tornar o uso de energia em uma necessidade diária e a fome ainda mais insuportável.
Em meio a toda essa turbulência, as autoridades comunistas tentam acalmar os ânimos com a venda esporádica de alguns produtos e a restauração temporária da eletricidade.