Investigações da Polícia Federal apontam que o ministro das Comunicações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Juscelino Filho (União Brasil-MA), estabeleceu uma relação criminosa com o empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP, dono de uma empreiteira investigada por suposto desvios em contratos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), estatal federal entregue ao centrão.
Conversas encontradas no celular do empresário e incluídas em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) reforçam essa suspeita.LEIA: Mesmo diante das adversidades Milei aumenta vantagem para o 2º turno na Argentina
Entre para o Telegram do Investidores Brasil!
Acesse as notícias que enriquecem seu dia em tempo real, do mercado econômico e de investimentos aos temas relevantes do Brasil e do mundo. Clique aqui. Se preferir siga-nos no Google News: Clique aqui.
SAIBA: Primeiro ministro português apoiador de Lula renuncia após investigação por corrupção
Apesar de não aparecer entre os sócios em registros oficiais, Eduardo seria o verdadeiro proprietário da Construservice, que firmou contratos milionários com a Codevasf pagos por meio de emendas parlamentares, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo.
"Resta cristalina a relação criminosa pactuada entre Juscelino Filho e Eduardo DP", diz trecho de um relatório da PF. No documento, a Polícia Federal afirma ainda que o grupo do ministro foi responsável por "suposto desvio ou apropriação e uso indevido de, no mínimo, R$ 835,8 mil”.
MAIS: Brasileiros ligados ao grupo terrorista Hezbollah planejavam ataques no Brasil, segundo PF
A Folha procurou a defesa do ministro, que em nota nega qualquer benefício pessoal de Juscelino por meio das emendas."Não há qualquer irregularidade nas obras, cujas emendas atendem a demandas da população, conforme já esclarecido às autoridades. Emendas parlamentares são um instrumento legítimo e democrático do Congresso Nacional e todas as ações de Juscelino Filho foram lícitas", disse.
VEJA: Perícia contradiz Moraes em acusação de réu do 08/01. Ministro pede vista e zera votos
Segundo os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, que assinam a nota, “são absurdas as ilações de que Juscelino tenha tido qualquer proveito pessoal com sua atividade parlamentar, sobretudo construídas a partir de supostas mensagens sem origem e fidedignidade conhecidas".