Empresas de tecnologia em alta no agronegócio as agtechs. Se você ainda não esta familiarizado com as agtechs, elas tem recebido aportes milionários. Desta forma, as agtechs estão para o agronegócio como as fintechs estão para o mercado financeiro. No último ano, as agtechs cresceram em número e amadureceram seu produto e modelo de negócio. O estudo Radar AgTech Brasil 2019, elaborado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Além da participação da SP Ventures e da Homo Ludens Research and Consulting, identificou 1.125 startups. Em 2018, o número era de 338.
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Entretanto, este mercado ainda tem muito espaço para crescer. em comparação a outras categorias. Em 2017, a Associação para Investimento de Capital Privado na América Latina registrou 113 aportes financeiros em startups da região, no valor de 859 milhões de dólares.
Contudo, desse número, apenas 14 investimentos, avaliados em 20 milhões de dólares, foram direcionados a agtechs. No ano seguinte, o cenário apresentou melhora, com 1,3 bilhão de dólares em 259 aplicações, e as jovens empresas do agronegócio receberam 80 milhões de dólares em 20 aportes
O aporte milionário
Contudo, dois dos aportes recebido em 2019 fora, até então o mais vultuosos Um foi o investimento de R$ 4 milhões na Agronow, criadora de um sistema online de monitoramento de lavoura, tendo o BTG Pactual como principal investidora. Já o outro foi de R$ 22 milhões na plataforma de agricultura digital Agrosmart, feito pelo Inovabra Fund, do Bradesco, e pelo braço de venture capital corporativo da Positivo.
No entanto, este ano, uma aplicação de 40 milhões de dólares na Solinftec, que criou um sistema de automatização da agricultura e já recebeu outros investimentos estrangeiros, chamou a atenção do mercado. O aporte foi liderado pela empresa de investimento Unbox Capital, cujos principais investidores são da família Trajano, do Magazine Luiza.
O futuro
Entretanto, como parte do desenvolvimento no setor estão as iniciativas, uma delas acontece pela Bril. A Câmara Brasil-Israel de Comércio e Indústria (Bril Chamber) organizou na última semana de novembro um seminário virtual entre dez startups israelenses. Contudo, participaram autoridades como o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão. Além de empresários ligados direta ou indiretamente ao setor. Entre eles, (Denis Benchimol Minev, da Fundação Amazonas Sustentável; Candido Bracher, do Itaú Unibanco; David Feffer, da Suzano; e Miguel Krigsner, do Boticário) para troca de informações (“inclusive sobre questões ambientais”) e tecnologia.
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“Abrimos no dia 10 de novembro uma regional no Mato Grosso, que é o grande celeiro do Brasil, para incrementar o intercâmbio entre os produtores da região e as tecnologias israelenses voltadas à agropecuária”, diz Renato Ochman, mestre em direito comercial e presidente da entidade. Ele lembra que, antes de ser fortemente associado a tecnologias inovadoras, como é hoje, Israel era considerado um país agrícola – hoje o país é capaz de unir os dois skills como poucos no mundo.
No entanto, o Brasil apresenta indícios de maior fertilidade para o investidor. Desta forma, de acordo com estudo da Embrapa verificou que mais de 75% dos investimentos entre 2017 e 2018 foram feitos em estágio inicial. Por outro lado, mais de 85% do capital injetado foi destinado a agtechs em estágio avançado. E ainda, de acordo com a Embrapa, isso sugere que o mercado está amadurecendo. E desta forma, as startups estão se formando para rodadas maiores, encorajando cada vez mais investidores.