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Equador dissolve Assembleia legislativa para evitar “plano macabro”. O presidente do Equador, Guillermo Lasso, passou a governar por decreto nesta quarta-feira (17) após invocar o artigo 148 da constituição do país, dissolvendo a Assembleia Nacional e convocando eleições gerais, num dispositivo chamado de “morte cruzada”. A primeira medida será uma ampla reforma tributária no país.

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As eleições ainda não tem nova data, mas especialistas acreditam que elas podem ser marcadas num período de três a seis meses.

Lasso, político conservador que venceu as eleições em 2021, interrompendo um período de 14 anos de políticos de esquerda no poder (Rafael Correa, por 10 anos, e seu aliado Lenin Moreno, por outros quatro) assumiu um país em crise em plena pandemia.

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Com forte disciplina fiscal, o Equador teve avanços macroeconômicos desde então, especialmente em 2022, quando o PIB avançou 2,9%.

O Presidente da República, Guillermo Lasso, durante uma entrevista após a ativação da morte cruzada o presidente da República, Guillermo Lasso, disse que a decisão de dissolver a Assembleia Nacional é porque o Legislativo tinha um “plano macabro” para assumir o controle das instituições do Estado e agilizar o retorno de Rafael Correa ao Equador.

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Essas declarações foram feitas em entrevista à CNN na quarta-feira, 17 de maio de 2023. “A decisão de dissolver a Assembleia Nacional é justamente para barrar um plano onde primeiro vieram para mim, depois para o Ministério Público, depois para a Controladoria, Procuradoria-Geral e para mais instituições do Estado”, disse Lasso durante a entrevista.

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Segundo Lasso, ao dissolver a Assembleia, “esse plano macabro de assumir o controle das instituições do Estado para produzir impunidade e viabilizar o retorno de um presidente que foi condenado por corrupção pelo Tribunal Nacional de Justiça e não quer cumprir a pena de oito anos de prisão” perde eficácia.

Lasso também afirmou que com a morte cruzada a democracia não foi quebrada. “O que houve foi um ato de generosidade meu para reduzir meu mandato para convocar eleições.”

Da mesma forma, Guillermo Lasso afirma que a decisão de morte cruzada está enquadrada na Constituição do Equador.

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Esquerdistas se unem para tentar colocar Correa de volta ao poder

Havia esquema para forjar um impeachment do presidente da República, Guillermo Lasso, na Assembleia Nacional teve como base um acordo extraoficial formado entre os membros da bancada da UNES do Correísmo (atualmente já identificado como Movimento Revolução Cidadã, MRC), Pachakutik (PK) e o Partido Social Cristão (PSC).

O presidente Lasso é acusado de peculato por ter conhecimento de irregularidades em contratos de transporte de petróleo bruto entre a empresa pública Flota e a empresa Amazonas Tanker, sem ter agido para suspendê-lo.

Entretanto, os contratos em questão foram assinados anos antes de Lasso assumir a presidência do Equador.

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