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Estadão critica indicação de tesoureira do PT para cargo em estatal. O Conselho de Administração da Itaipu Binacional vai contar com mais um militante do PT entre os membros da hidrelétrica. Gleide Andrade de Oliveira, secretária nacional de Finanças e Planejamento do partido, teve sua indicação publicada no Diário Oficial em 19 de junho.

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Segundo editorial do jornal Estado de S. Paulo, desta segunda-feira, 26, “a decisão nada tem de republicana”. Conforme o texto, Lula ignorou critérios técnicos para o preenchimento de um cargo dessa envergadura, “norteando sua escolha pelo imperativo de premiar a lealdade partidária e de atender a conveniências políticas.”

O jornal lembrou os riscos dessas escolhas e citou outra indicação feita pelo PT: João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do partido, nomeado em 2003 por Lula. Ele assumiu o Conselho de Itaipu, mas deixou o cargo quando foi citado na Operação Lava Jato, em 2015 — condenado e preso por corrupção.

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Não há elementos que desabonem a carreira de Gleide Andrade na estrutura administrativa do PT, afirmou o Estadão. A militante, graduada em filosofia, assumiu cargos na prefeitura de Belo Horizonte durante as gestões do partido.

“Porém, tampouco há evidência de seu conhecimento sobre os tópicos corriqueiros e excepcionais tratados pelos conselheiros da Itaipu Binacional. Ao contrário do que acontece com cinco dos sete integrantes da parte brasileira do Conselho, falta-lhe familiaridade com as questões da maior hidrelétrica do país.”

O jornal ainda criticou Lula por ter transformado o conselho da usina em cabide de emprego para os arranjos políticos do petista. Em abril, ele já havia nomeado o ex-deputado estadual paranaense Michele Caputo, do PSDB — devido ao empenho da presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

“Em empresas de natureza pública, como é a parcela brasileira da Itaipu Binacional, não se justifica nem fortalece sua máxima estrutura decisória. Antes, fragiliza-a”, criticou o jornal.

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O editorial citou como exemplo a Lei das Estatais, de 2016. Uma brecha tornou Itaipu imune à aplicação da regra, que tem como requisitos para a nomeação a “reputação ilibada” e o “notório conhecimento”. Exige também a confirmação de “formação acadêmica compatível com o cargo para o qual foi indicado”.

“A bem do interesse nacional, a adoção dessas mesmas condições para Itaipu e demais empresas públicas que escapam ao alcance lei atestaria o espírito republicano do governo — além de seu real propósito de fortalecê-las, em vez de aparelhá-las. Daria um ansiado sinal de rompimento com o patrimonialismo, que, pelo visto, continuará a turvar os limites de onde começam e onde terminam as esferas do público e do privado na gestão do Estado.”

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