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A Receita Federal, o Ministério Público de Minas Gerais e a Polícia Civil realizam nesta terça-feira, 2, uma operação conjunta contra um esquema de fraudes tributárias envolvendo atacadistas, redes de supermercados e empresas vinculadas ao setor varejista no Estado.

Marcos Valério, conhecido como operador do esquema do Mensalão e ex-publicitário ligado ao PT, voltou a ser alvo de investigações. Em dezembro de 2025, o Ministério Público de Minas Gerais deflagrou uma operação contra um esquema de sonegação fiscal que teria desviado mais de R$ 215 milhões em impostos estaduais

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O publicitário Marcos Valério, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como operador do Mensalão, é apontado nas investigações como um dos articuladores do esquema de sonegação. A estimativa é que eles tenham provocado um prejuízo aos cofres públicos de ao menos R$ 220 milhões.

Procurado, o advogado de Valério, Carlos Alberto Arges Júnior, disse que aguarda ter acesso aos autos para poder comentar.

“Acompanhei as buscas, mas não tive acesso ao processo que determinou as buscas. Já fiz o pedido de habilitação nas cautelares e estou aguardando”, informou ao Estadão.

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A ação também apura os crimes de organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

“Para executar essa sonegação eles constituíam empresas de forma fraudulenta, com sócios que não têm capacidade financeira para atuar. São operações simuladas que se traduzem nessa omissão, nessa sonegação”, explicou

“Gera um prejuízo muito alto para o Estado, um dano irreparável para a concorrência.”

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Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Região Metropolitana de Belo Horizonte e no Centro-Oeste do Estado de Minas Gerais. Além de Marcos Valério, as sedes de empresas, as residências de outros empresários e funcionários envolvidos nas fraudes também são alvos da operação.

Segundo o MPMG, durante as buscas foram apreendidos celulares, aparelhos eletrônicos, documentos e outros elementos de interesse à investigação, além de veículos de luxo utilizados pela organização para a lavagem de dinheiro.

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As investigações, conduzidas ao longo de mais de 18 meses, revelaram um esquema complexo de fraude fiscal em que empresários dos setores atacadista e varejista criaram empresas de fachada para simular operações interestaduais e suprimir o pagamento de ICMS próprio e do ICMS devido por substituição tributária devido ao Estado de Minas Gerais.

O esquema criminoso reduzia artificialmente o custo das mercadorias, ampliando os ganhos ilícitos dos grupos envolvidos, distorcendo a concorrência e prejudicando empresas que atuam licitamente, em conformidade com a legislação tributária. As apurações demonstraram que a organização criminosa se apropriava indevidamente do imposto que deveria ser recolhido ao Estado, convertendo tais valores em benefício patrimonial próprio.

A sonegação praticada, para além de gerar benefícios aos integrantes da organização criminosa em detrimento da sociedade mineira, acarreta a supressão dos recursos indispensáveis ao financiamento de políticas públicas e serviços essenciais custeados pelos tributos. Conforme estimativas, o prejuízo causado ao Estado ultrapassa R$ 215 milhões.

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Marcos Valério, conhecido como operador do esquema do Mensalão e ex-publicitário ligado ao PT, voltou a ser alvo de investigações. Em dezembro de 2025, o Ministério Público de Minas Gerais deflagrou uma operação contra um esquema de sonegação fiscal que teria desviado mais de R$ 215 milhões em impostos estaduais.

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Quem é o ex-operador do Mensalão do PT: Quem é Marcos Valério

  • Publicitário mineiro, ganhou notoriedade nacional como o principal operador financeiro do Mensalão, escândalo político revelado em 2005.
  • Foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro e outros crimes, cumprindo atualmente prisão domiciliar.
  • Tornou-se símbolo da ligação entre publicidade, financiamento político e corrupção no Brasil.

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A nova operação (2025)

  • Chamada Operação Ambiente 186, foi deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais em dezembro de 2025.
  • O alvo é um esquema de sonegação de ICMS em atacadistas e redes de supermercados da Região Metropolitana de Belo Horizonte e do Centro-Oeste mineiro.
  • O grupo investigado teria usado empresas de fachada e notas fiscais falsas para ocultar operações comerciais e reduzir artificialmente o pagamento de tributos.
  • O prejuízo estimado aos cofres públicos ultrapassa R$ 215 milhões.

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🔹 Situação de Marcos Valério

  • Ele é apontado como um dos articuladores do esquema, mesmo estando em prisão domiciliar.
  • A Justiça determinou o bloqueio de bens e valores que somam cerca de R$ 476 milhões.
  • Além disso, Valério já acumula débitos tributários superiores a R$ 660 milhões com a União.

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🔹 Relevância política e histórica

  • O caso reforça a imagem de Valério como um personagem recorrente em escândalos de corrupção e fraudes financeiras no Brasil.
  • Sua ligação histórica com o Mensalão — que envolveu o governo Lula e marcou profundamente a política nacional — faz com que cada nova investigação tenha grande repercussão.
  • A operação atual mostra como figuras centrais de escândalos passados continuam a aparecer em esquemas de desvio de recursos públicos, mantendo viva a discussão sobre corrupção sistêmica no país.

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Marcos Valério, já condenado por ser o operador do Mensalão, agora é investigado por participar de um complexo esquema de sonegação fiscal em Minas Gerais, que teria causado prejuízos milionários ao Estado. O episódio conecta sua trajetória marcada por escândalos políticos à persistência de práticas ilícitas no setor empresarial e tributário brasileiro.

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