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Fundo Imobiliário vende R$ 200 milhões em ativos e cotas disparam. Com a vacância física do portfólio elevada e cheio de obrigações financeiras para pagar, o fundo imobiliário XP Properties (XPPR11) teve de recorrer à venda de ativos da carteira para levantar recursos. E o mercado aprovou a decisão: por volta das 15h05 desta sexta-feira (24), o FII opera em alta de 7,46%, cotado em R$ 23,91.

O XPPR11 comunicou ontem que se desfez de quatro imóveis por R$ 200,69 milhões. A negociação envolveu pouco mais de 9,1 mil metros quadrados em Área Bruta Locável (ABL) dividos entre: 25% da fatia do fundo no Edifício Faria Lima Plaza, 12,9% no Edifício Itower e a totalidade da participação nos imóveis Módulo Rebouças e Box 298.

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Com isso, restaram no portfólio de escritórios um edifício em Barueri, cidade do estado de São Paulo, no qual o fundo detém 60% participação, e fatias de 15% do Faria Lima Plaza e 47,1% do Itower.

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Conforme destacou o XP Properties, a venda rendeu um ganho de capital de R$ 0,41 por cota que será realizado conforme o recebimento em caixa das parcelas. A primeira delas, de R$ 75,45 milhões, deverá ser depositada em até cinco dias úteis; o restante dos R$ 200,69 milhões será pago nos próximos 36 meses.

Fundo imobiliário sofreu na bolsa com queda nos dividendos
Vale relembrar que as cotas do fundo imobiliário sofreram na bolsa no início deste mês após um anúncio de corte de 66% nos dividendos. O XPPR11 revelou que a previsão do depósito na conta dos investidores, que foi de R$ 0,30 por cota na última distribuição, desceu para R$ 0,10 nos pagamentos futuros.

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A gestora não informou qual será o impacto da venda de ontem na vacância e na alavancagem financeira do portfólio. Mas reforçou que, “considerando que o custo de carrego das obrigações é superior à rentabilidade atual auferida pela exploração comercial dos imóveis, as alienações melhoram a eficiência da estrutura de capital do fundo.

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A gestão já havia antecipado, em relatório divulgado em janeiro, que, “em função do cenário bastante desafiador” para o segmento de escritórios, o fundo estava sujeito a “eventuais reduções na distribuição de rendimentos ao longo do ano”. Na época, cerca de 46% da área total disponível para locação no portfólio encontrava-se vaga.

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Além disso, encerrou-se em fevereiro o período de carência de dois dos quatro Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) vinculados à carteira do FII. Ou seja, o XPPR11 deve iniciar o pagamento do saldo devedor dos títulos, que totaliza pouco mais de R$ 202 milhões.

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