Gerente da Petrobras é demitido após investigação de Insider Trading. A Petrobras demitiu um gerente de alto escalão, sem justa causa. Isto após averiguar que ele negociou ações da empresa nos dias anteriores à divulgação de seus resultados financeiros. A própria Petrobras anunciou o fato.
Contudo, quatro fontes familiarizadas com o assunto informaram que Cláudio Costa, gerente executivo de recursos humanos, vendeu ações durante o “período de silêncio” da empresa. Isto, antes da divulgação dos resultados no final de fevereiro, o que é uma violação regulatória no Brasil.
Operação suspeita de Insider Trading da Petrobras encerrada antes do vencimento
Desta forma, as negociações ocorreram pouco antes de o presidente Jair Bolsonaro anunciar que não renovaria o mandato do então presidente-executivo Roberto Castello Branco, em fevereiro. E assim, as ações da Petrobras desabaram, disseram as fontes, que pediram anonimato para discutir assuntos privados.
E ainda, Castello Branco aprovou pessoalmente a demissão do gerente executivo, disse uma das fontes. A empresa afirmou que Pedro Brancante, chefe de gabinete de Castello Branco, assumirá o seu lugar interinamente.
Insider Trading é crime
No entanto, três fontes disseram que a Petrobras considerou o momento das negociações importante. Porém, petroleira não determinou se leis relativas a informações privilegiadas foram violadas ou não. Contudo, “O gerente executivo de recursos humanos foi desligado da companhia na última segunda-feira, 29”, informou a Petrobras.
A empresa também mencionou regras que proíbem a negociação de valores mobiliários de emissão da Petrobras por pessoas vinculadas a ela. Isto, nos 15 dias que antecedem a divulgação das demonstrações financeiras da companhia.