Governo federal firmou contratos de R$ 196 milhões sem licitação com a LCM Construção e Comércio, presidida por Luiz Otávio Fontes Junqueira, acusado de improbidade administrativa e superfaturamento. As obras, destinadas ao Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (DNIT), totalizam impressionantes R$ 1,5 bilhão em contratos, com a empresa sendo selecionada 29 vezes pelo DNIT.
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Na quarta-feira [8/11], o presidente Lula participou do lançamento de uma nova obra da LCM, a duplicação da BR-423/PE, no agreste pernambucano. Os maiores contratos sem licitação abrangem obras nas BR-226 e BR-316, no Maranhão (R$ 79,5 milhões); na BR-280, em Santa Catarina (R$ 51,5 milhões); e na BR-470, também em Santa Catarina (R$ 46,4 milhões).
Outros contratos incluem obras no Amazonas (R$ 8,2 milhões), em Rondônia (R$ 7,9 milhões) e no Rio de Janeiro (R$ 2,7 milhões). No acumulado de contratos com e sem licitação em 2023, a LCM já alcançou R$ 1,5 bilhão, superando em quatro vezes os contratos dos quatro anos do governo Bolsonaro.
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A LCM, criada em 2014 durante a Operação Lava Jato, foi alvo da Polícia Federal em 2019, acusada de fraudes em obras na BR-364, em Porto Velho. Seu presidente, Luiz Otávio Fontes Junqueira, já enfrentou acusações de improbidade em 2011, relacionadas a uma obra na BR-153, e é réu por superfaturamento na construção de um hospital em Santarém, no Pará.
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O Ministério dos Transportes alega que as dispensas de licitação seguiram as exigências técnicas. A LCM Construção e Comércio foi contatada para comentar, mas não respondeu até o momento.