Desde maio a produção atual da Prio (PRIO3) tem sido impactada pela paralisação do Ibama. Ou seja, a falta de gestão sobre o tema do governo Lula tem prejudicado todo o desempenho de um empresa privada no Brasil. Na última semana, o governo federal chegou a um acordo com os servidores do Ibama para encerrar a greve, que ocorria desde o início do ano. Desde maio.
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Mobilização do Ibama afetou a produção da Prio
Devido a falhas operacionais em poços no Campo de Frade e no Cluster Polvo + Tubarão Martelo, a Prio não pôde iniciar os processos de manutenção, pois aguardava a aprovação do Ibama.
Após meses de impasse, o Governo Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) o acordo foi firmado. O acordo prevê o aumento de 23% nos salários dos funcionários do instituto. A greve já durava meses e, desde o começo do ano, tem atrasado operações de companhias como Petrobras (PETR3; PETR4), PRIO (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) pela falta de emissão de licenças.
A notícia foi considerada positiva por analistas, uma vez que inúmeros projetos de Exploração e Produção (E&P) de petroleiras brasileiras dependia das emissões. A visão do Goldman Sachs é de que a possibilidade deveria ser bem recebida por investidores, já que aumentaria a visibilidade sobre o cronograma de desenvolvimento de importantes iniciativas.
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“No entanto, isso não deve necessariamente ser uma surpresa para os investidores. Durante a teleconferência de resultados realizada na última sexta-feira, a gestão da Petrobras já havia reconhecido o bom progresso nas negociações entre o governo e o Ibama” afirma o relatório do Goldman.
Estimamos que, com o retorno das operações do Ibama, a produção da Prio se normalize acima dos 90 mil boed. Vale ressaltar que, em julho, Albacora Leste teve uma parada programada de 13 dias, e a produção também deve ser normalizada nos próximos meses.
Relatório de impacto ambiental da petroleira pode impulsionar resultados
Além disso, o fim da greve trouxe a aprovação do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) da Prio para o campo de Wahoo, após vários meses de paralisação. Esse é um passo crucial para que a companhia finalmente obtenha a licença de desenvolvimento do campo.
Ainda restam algumas etapas no processo, mas, se ocorrerem conforme o previsto, Wahoo deverá começar a produzir no início do segundo trimestre de 2025, com potencial para adicionar 40 mil boed à produção da companhia.