A Ma’aden, a maior companhia de mineração e metais da Arábia Saudita, anunciou um investimento de R$ 8 bilhões no Brasil para explorar minerais exclusivos. O dinheiro da empresa sairá do Public Investment Fund (PIF) da Arábia Saudita, que é um dos maiores fundos soberanos do mundo. O PIF tem sido criticado por sua falta de transparência em relação aos seus investimentos e operações.
De acordo com a empresa o investimento será direcionado para pesquisas geológicas e projetos de parceria com mineradoras locais. A decisão foi anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante o evento internacional Future Minerals Forum, em Riad.
A Ma’aden pretende abrir um escritório em São Paulo até março de 2025, como parte dessa iniciativa. O objetivo do investimento é mapear o solo brasileiro em busca de novas jazidas minerais, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da mineração no país.
A Ma’aden, braço de mineração do Fundo de Investimento Público (PIF) do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, anunciou um investimento de R$ 8 bilhões no Brasil. O anúncio foi feito pelo ministro de Minas e Energia brasileiro, Alexandre Silveira, durante o evento internacional Future Minerals Forum, em Riad, em 14 de janeiro de 2025.
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Detalhes do Investimento:
- Data do Anúncio: 14 de janeiro de 2025
- Local do Anúncio: Future Minerals Forum, Riad
- Investimento: R$ 8 bilhões
- Objetivo: Mapeamento geológico e pesquisas minerais em parceria com empresas brasileiras
- Escritório: A Ma’aden planeja abrir seu primeiro escritório em São Paulo até março de 2025
Envolvidos:
- Alexandre Silveira: Ministro de Minas e Energia do Brasil
- Bandar Ibrahim Alkhorayef: Ministro de Mineração e Indústria da Arábia Saudita
- Representantes do PIF: Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita
O investimento faz parte da estratégia da Visão 2030 da Arábia Saudita, que visa diversificar a economia do país e investir em energia renovável. A Ma’aden tem interesse em minerais estratégicos como cobre, níquel, lítio, cobalto, manganês e grafite, essenciais para a transição energética.
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Visão geral de vantagens e desvantagens
O investimento da Ma’aden no Brasil traz tanto vantagens quanto desvantagens para o país:
Vantagens:
- Crescimento Econômico: O investimento de R$ 8 bilhões pode estimular o crescimento econômico, gerando empregos e aumentando a atividade econômica nas regiões onde as pesquisas e minas serão instaladas.
- Desenvolvimento Tecnológico: A parceria com a Ma’aden pode trazer tecnologias avançadas de mineração e pesquisa geológica, contribuindo para o desenvolvimento do setor de mineração no Brasil.
Desvantagens:
- Impacto Ambiental: A mineração pode causar danos ambientais significativos, incluindo desmatamento, poluição de água e solo, e perda de biodiversidade, a empresa já tem sido acusada disto em outros países.
- Conflitos Sociais: A presença de grandes mineradoras pode levar a conflitos com comunidades locais, especialmente se houver deslocamento de populações e impacto negativo nas suas formas de vida.
- Dependência de Recursos Estrangeiros: A parceria com uma mineradora estrangeira pode levar a uma maior dependência de recursos e tecnologias vindas do exterior, o que pode afetar a soberania econômica do país, o Brasil já tem empresas que podem fazer o que a estatal Saudita se propõe. E alinhamento do Brasil a países autoritários, se analisar as parcerias do governo Lula todas são com estatais de países ditatoriais como China, Venezuela, Emirados Árabes entre outros.
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Benefícios exclusivos para a Arábia Saudita
Diversificação de Investimentos: Investir no Brasil permite à Arábia Saudita diversificar seus investimentos e reduzir a dependência do petróleo, alinhando-se com a agenda 2030.
Acesso a Recursos Minerais Estratégicos: O Brasil possui vastas reservas de minerais valiosos e estratégicos como cobre, níquel, lítio, cobalto, manganês e grafite, essenciais para a transição energética.
A origem do dinheiro da empresa é do governo da Arábia Saudita
A mineradora saudita Ma’aden, em parceria com o Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), anunciou um investimento de R$ 8 bilhões no Brasil. Esse investimento será direcionado para mapeamento geológico e pesquisas minerais em colaboração com empresas brasileiras1. A Ma’aden também planeja abrir um escritório em São Paulo em 2025.
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Ainda não foram divulgados detalhes específicos sobre a duração exata do contrato e da pesquisa entre a Ma’aden e o Brasil. No entanto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mencionou que a Ma’aden planeja abrir seu escritório em São Paulo até março de 2025, o que sugere que as atividades de pesquisa e parcerias podem começar a partir dessa data.
O Fundo estatal que financia o acordo e suas polêmicas de direitos humanos
O Public Investment Fund (PIF) da Arábia Saudita é um dos maiores fundos soberanos do mundo, com ativos estimados em aproximadamente US$ 925 bilhões. Criado em 1971, o PIF tem como objetivo investir fundos em nome do governo saudita e diversificar a economia do país, reduzindo a dependência do petróleo.
Pontos importantes sobre o PIF:
- Gestão e Controle: O PIF é controlado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que é o governante de facto da Arábia Saudita desde 2015.
- Investimentos Domésticos e Internacionais: O PIF investe tanto dentro quanto fora da Arábia Saudita. Dentro do país, os investimentos vão principalmente para conglomerados privados de propriedade de famílias empresariais sauditas. Fora do país, o PIF tem investido em ativos estratégicos, como o clube de futebol Newcastle United da Premier League.
- Visão 2030: O PIF é um dos principais motores da agenda 2030, um plano de transformação econômica que visa diversificar a economia saudita e criar empregos.
- Projetos Grandes Escala: O PIF está envolvido em vários projetos de grande escala, como o NEOM, um projeto de cidade futurista, e o Red Sea Project, um desenvolvimento turístico de luxo.
- Transparência e Controvérsias: O PIF enfrentou críticas internacionais devido à falta de transparência e controle próximo do governo saudita, especialmente em relação a questões de direitos humanos.
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Fundo estatal tem acusações de falta de transparência financeira
O PIF tem sido criticado por sua falta de transparência em relação aos seus investimentos e operações. A falta de divulgação detalhada sobre os ativos, estratégias de investimento e desempenho financeiro torna difícil para investidores e analistas externos entender completamente como o fundo está sendo gerido. Essa falta de transparência é uma preocupação comum entre fundos soberanos, mas é particularmente acentuada no caso do PIF devido ao controle próximo do governo autoritário saudita.
O país é conhecido pelas violações de direitos humanos
- Direitos Humanos: A Arábia Saudita tem um histórico de violações de direitos humanos, incluindo execuções públicas, prisões arbitrárias e repressão de dissidentes. Investimentos do PIF em ativos estrangeiros, como o clube de futebol Newcastle United, têm sido criticados por tentar “lavagem de imagem” e desviar a atenção dessas questões.
- Investimentos Estratégicos: O PIF tem investido em várias empresas e projetos de grande escala, como o NEOM e o Red Sea Project, que têm sido alvo de críticas devido ao impacto ambiental e social desses projetos.
- Influência no Esporte: A crescente influência do PIF no futebol mundial, incluindo a aquisição de clubes e contratação de jogadores de alto perfil, tem levantado preocupações sobre a lavagem de dinheiro e a manipulação do mercado esportivo.