A recente viagem da primeira-dama Janja Lula da Silva ao Catar, realizada no início de setembro, gerou gastos expressivos com segurança.
De acordo com informações reveladas pelo jornalista André Shalders no jornal O Estado de S. Paulo, os custos totais para garantir a proteção de Janja durante a viagem somaram impressionantes R$ 283,3 mil.
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Detalhes da operação de segurança de Janja no Catar
Para assegurar a segurança da primeira-dama, um contingente de 20 profissionais foi mobilizado, incluindo 8 policiais federais e 12 assessores. As passagens dos policiais, adquiridas em cima da hora, representaram a maior parte do custo, totalizando R$ 186,2 mil. Além disso, as diárias dos agentes da PF variaram de R$ 4.200 a R$ 6.300, somando R$ 42.200.
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Um documento interno da Polícia Federal (PF) destaca que a compra das passagens foi feita em caráter emergencial, justificando que o convite para a viagem foi recebido na mesma data do voo, 6 de setembro. Entretanto, essa justificativa gerou contradições.
Segundo a reportagem, um agente da PF já havia viajado para Doha em 3 de setembro para realizar atividades preparatórias, uma prática comum na proteção de autoridades.
Além dos policiais, Janja contou com a companhia de 4 assessores na viagem. Segundo dados do painel de viagens do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), os custos adicionais com diárias e passagens para este grupo foram de R$ 52.000.
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Esses gastos levantam questões sobre a gestão de recursos públicos e a transparência em torno das despesas relacionadas à segurança de autoridades, sendo que Janja não é autoridade nem mesmo tem cargo público, ela é apenas a esposa de Lula, não tem respaldo Constitucional para usar dinheiro da população. Enquanto as justificativas para os altos custos são apresentadas, a sociedade observa de perto a alocação de verbas públicas em viagens oficiais.
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Qual o benefício da viagem de Janja ao povo brasileiro?
Enquanto o presidente Lula participava sozinho do tradicional desfile de 7 de setembro na Esplanada dos Ministérios, a primeira-dama, Janja da Silva, realizava compromissos segundo ela, oficiais no Catar. A socióloga visitou a “Cidade da Educação” em Doha, se reuniu com a Sheikha Moza bint Nasser, responsável pelo convite. Neste domingo (8), Janja também visitou a “First Assalam School” (Primeira Escola Assalam).
O ponto alto da viagem deve ficar por conta da 5ª Celebração do Dia Internacional para Proteger a Educação de Ataques, na segunda-feira (9). O evento é organizado pela Education Above All (Educação Acima de Tudo), fundação presidida por Sheikha Moza. Diferente de outras autoridades internacionais como os ministros da Educação da Nigéria e da África do Sul, o nome de Janja não aparece na programação oficial do evento.
“Na sequência da visita, me reuni com a Sheikha Mozha, junto com o Embaixador do Brasil no Catar, Marcelo Dantas, onde discutimos nossa atuação em prol do direito à educação, nossa solidariedade com as crianças e suas famílias vítimas de guerras e a presidência brasileira no G20 e COP30”, publicou Janja no Instagram.
Até o momento da publicação desta matéria nenhum projeto ou mesmo possibilidade de benefício para a educação brasileira, ou ao povo brasileiro, foi divulgado para justificar a viagem e os gastos do dinheiro público pela primeira-dama com tal viagem.